O presidente José Carlos Peres já teve duas contas reprovadas pelo Conselho Deliberativo do Santos (Crédito: Divulgação)

O Comitê de Gestão do Santos publicou nesta terça-feira no portal da Transparência o balanço do segundo trimestre do 2020 com um déficit de R$ 21,9 milhões no período e um acumulado no ano de R$ 41,6 milhões. A receita do clube foi de apenas R$ 18 milhões no período, sendo R$ 6 milhões em premiação e R$ 5 milhões em cotas de TV.

O relatório lembre que o Santos não teve receita de bilheteria, com o Memorial das Conquistas e camarotes, além das cotas de televisão. Por sua vez, além da redução no pagamento da folha salarial, o Peixe prorrogou os pagamentos de FGTS, INSS, PIS e das parcelas do Profut para agosto, conforme autorizado pela legislação devido à pandemia do coronavírus.

“É notório que estamos vivendo um momento atípico que afetou todo econômica mundial e não está sendo diferente para os clubes de futebol. A paralisação dos campeonatos refletiu significativamente na redução das receitas bem como na redução de custos diretamente ligados às atividades relacionadas aos jogos”, diz o documento.

De acordo com o documento, o endividamento do Santos é de R$ 64,9 milhões, 26% acima do limite permitido pelo Estatuto. A diretoria, no entanto, lembra que o limite estatutário deve ser levado em consideração apenas nos números do final do ano.

O presidente José Carlos Peres já teve duas contas reprovadas pelo Conselho Deliberativo. A reprovação das contas de 2019, inclusive, deve dar início a um novo processo de impeachment do dirigente.