Peres está afastado do Santos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Presidente afastado do Santos, José Carlos Peres divulgou números para defender sua gestão e protestar contra a reprovação de contas que provocou o seu afastamento do clube, no final do mês de setembro. Peres ainda terá mais uma chance de se salvar do processo de impeachment, em assembleia de sócios.

Nos números apresentados, Peres afirma que os custo e despesas do clube têm crescido em média 10% ao ano, de 2013 até hoje e que a sua gestão manteve a média, com 10,61% (2018) e 11,80% (2019). Outro ponto apontado é a receita, que cresceu em média 20% desde 2013 e teve queda de 24,12% no primeiro ano da gestão Peres, mas com grande crescimento em 2019, com 83,60%.

Além de citar custos e receitas, Peres também garante que sua gestão não contribuiu para o aumento da dívida do clube. O índice de endividamento geral era 2,43 no último ano de Modesto Roma e estava em 2,42 no final de 2019.

Outros pontos destacados por Peres em sua defesa foram as melhorias feitas no CT Rei Pelé e na Vila Belmiro. No estádio foram feitas as instalações de dois novos telões, iluminação e sala de imprensa para o time visitante, entre outras melhorias.

José Carlos Peres também destaca a valorização de jogadores contratados durante a gestão. De acordo com ele, Felipe Jonatan está avaliado em 7 milhões de euros, Marinho em 8 milhões de Euros e Soteldo em 20 milhões de Euros. O dirigente afirma também que já existem clubes de olho em Ângelo, que estreou neste domingo diante do Fluminense.

A reprovação das contas

Entre as principais irregularidades apontadas no relatório do Conselho Fiscal, que deu início ao processo de impeachment de José Carlos Peres, está a utilização do cartão corporativo para fins pessoais. O documento apontou R$ 28.761,65 em gastos pessoais do cartola sem reembolso ao clube.

O pagamento de comissão para intermediários nas negociações de atletas também foi outro ponto que chamou à atenção. A transação que levou Bruno Henrique ao Flamengo ganhou destaque e o Comitê de Gestão não apresentou os documentos solicitados pela CIS na investigação.

Outros pontos apontados no parecer foram: gastos maiores do que os aprovado em orçamento; contratação de pessoas para cargos não previstos no organograma; aumento na folha de pagamento; processos judicializados; atrasos nas atas das reuniões do CG; não recolhimento de impostos; descumprimento de prazos estatutários; e não pagamento de compromissos.