O atacante Marinho partiu para cima do árbitro Leandro Vuaden após o final da partida desta quarta-feira entre Santos e Ceará, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Revoltado, o jogador precisou ser seguro pelos companheiros e membros da comissão técnica do Peixe.
Embora durante a transmissão não tenha sido notado pelos torcedores, o jogador foi expulso pelo árbitro Leandro Vuaden pela atitude. Na súmula, o juiz explicou como viu a situação.
“Expulsei com cartao vermelho direto o atleta de numero 11 da equipe Santos FC senhor Mario Sergio Santos Costa, por após o termino do jogo vir em minha direção proferindo as seguintes palavras: “você é muito fraco, vai tomar no c., aqui é Santos”. Informo ainda que o mesmo teve que ser contido por integrantes da comissão técnica,
pois tentava se aproximar da arbitragem. Relato ainda que me senti ofendido com as palavras proferidas pelo atleta expulso”, escreveu o árbitro na súmula.
No final da noite, Marinho, que teve uma atuação discreta na partida (Confira as notas Imparciais), usou as redes sociais para se desculpar pela atitude e falou em volta por cima.
“Quero apenas pedir desculpa a toda torcida. Acabei me exaltando hoje devido ao calor do jogo, me alterei, vou evoluir e melhorar. Seguir lutando e sabendo o peso da camisa que visto. Hoje não foi um dia bom. Mas sempre vai ter amor à camisa que uso, máximo respeito. E vamos juntos dar a volta por cima”
Vuadem deu carta branca para o time do Ceara bater
Talvez por desgaste físico, uma vez que tem sido o principal atacante, o mais exigido e também o mais caçado pelos adversários, o Marinho tem decaído no desempenho. Sua principal jogada (talvez a única) é aquela em que ele fecha em diagonal e bate de pé trocado. Nas últimas partidas tem entrado pelo meio, como centroavante e não tem rendido bem desse jeito. Também tem perdido o foco, reclamando demasiadamente da arbitragem. Entra pilhado e tem protagonizado cenas de circo ao dar piruetas ao sofrer contato físico do defensor adversário ou simular pancadas na cabeça. Ele é de fato caçado, mas tem exagerado nas encenações (a Arthur gomes tenta copiá-lo, de forma grotesca). Pode ser que também falte inteligência emocional e o jogador não consiga suportar o peso de ser protagonista em um time grande. A responsabilidade pesa, o emocional não permite um bom desempenho e, frustrado, o jogador tenta transferir o fracasso à arbitragem. A última possibilidade é que tenha passado o efeito do encanto e o jogador tenha voltado a ser uma simples abóbora.