O Santos teve um ano de 2018 para ser esquecido. Falta de títulos, três executivos de futebol, erro na inscrição de jogadores, problemas na venda de ingressos e no programa de sócios, abandono das categorias de base, briga entre presidente e vice, debandada do comitê de gestão, processo de impeachment, crise no departamento médico…Ufa!
Foram tantos os problemas que fica difícil até lembrar de todos eles. E o pior para o torcedor santista é que 2019 se desenha com uma perspectiva ainda pior. Ou o clube acorda nos próximos dias ou o torcedor pode se preparar para um sofrimento ainda maior.
Chegamos em dezembro e, após um ano no cargo, o presidente José Carlos Peres segue tão perdido como quanto entrou. Suas entrevistas só alimentam ainda mais as polêmicas no clube (como o “leilão” por Bruno Henrique) e as decisões ainda demoram demais, como o presente de Natal que chegou no carnaval.
O Santos já está atrasado. Vai ter um executivo de futebol novato. Embora tenha muito amor pelo clube e ótimo caráter, Renato não está preparado para a função. Pode errar ou acertar. Ou seja, é uma aposta. Clube que está em uma situação como o Santos não pode apostar em um cargo tão importante.
O Santos também está atrasado porque não sabe quem será o técnico na próxima temporada. Sonha com Abel Braga, mas ainda não conseguiu bater o martelo. O clube também vai perder seu artilheiro, responsável por 30% dos gols da equipe em sua pior temporada ofensiva desde 1992. Deve perder seu lateral-esquerdo titular e no meio do ano vai perder sua maior revelação dos últimos anos.
O Campeonato Paulista vai começar em 45 dias e o Santos tem um presidente perdido, um executivo novato, não tem técnico, não terá seu principal jogador na temporada e não tem dinheiro para “comprar” soluções.
É hora de acordar!
[…] Após o final melancólico do Campeonato Brasileiro de 2018, muitos torcedores temiam pelo pior neste ano, com o perigo real de um primeiro rebaixamento nacional (o Peixe passou boa parte do Brasileirão de 2018 na Z4). Nós mesmos alertamos para o risco aqui nesse espaço: “Se Peixe não acordar 2019 poderá ser ainda pior“. […]