Antes de trabalhar no Chile Ariel Holan fez sucesso no Independiente (Crédito: Reprodução)

Texto de Anita Efraim

Ariel Holan não é mais treinador da Universidad Católica. Nesta quinta-feira, 18, ele exerceu a cláusula do contrato que o permitia sair sem grandes prejuízos financeiros. Campeão do Chile com Los Cruzados, como é conhecido o time, ele deixa um importante legado: o desenvolvimento de jogadores das categorias de base.

Em conversa com Pablo Flamm, editor e comentarista esportivo da DirecTV Chile e colunista do El Mostrador, ele destacou que a UC é um clube formador. Assim como o Santos, é conhecido não por fazer grandes contratações, mas por lançar jogadores pregressos das categorias de base.

Na opinião do jornalista, o agora ex-treinador dos Cruzados soube aproveitar muito bem os meninos e lançou seis ou sete nomes para compor o elenco da Católica. Flamm ainda destacou que Holan, na equipe chilena, nunca colocava os jogadores “na fogueira”. A entrada era sempre planejada, em momentos considerados mais tranquilos, para evitar queimar os jogadores. É aqui que o olho do torcedor santista pode brilhar.

Foi a primeira vez em que a Católica chegou ao tricampeonato chileno, por isso, ganhou o carinho do torcedor. No campeonato local, o treinador fez com que o clube fosse absoluto: esteve na ponta durante toda a temporada.

Sobre as eliminações nas competições continentais, Flamm afirma que a dificuldade para uma equipe chilena em um grupo como o da Católica na Liberadores era esperada. Holan disputou a fase de grupos com Grêmio, Internacional e América de Cali. Os brasileiros acabaram classificados. Na Sul Americana, no jogo de volta contra o Velez, da Argentina, cometeu erros que custaram a classificação.

O nível do futebol brasileiro está, sem dúvidas, acima do futebol chileno. Por isso, é comum que treinadores sul-americanos optem por treinar clubes brasileiros ou argentinos. São entendidos como as principais vitrines do continente. O trabalho pode ser uma forma de Holan alçar voos ainda mais altos na carreira. Por isso, o treinador estaria motivado a treinar o Santos, conhecido no mundo todo.

Pablo Flamm ainda relevou que Holan tem uma boa relação com a imprensa e não costuma ter problemas no vestiário. É uma pessoa tranquila e teve bom relacionamento com a equipe chilena, apesar de não ser exatamente o tipo “paizão”.

A entrevista completa estará disponível no canal Eu Vim de Santos. Perguntamos para Flamm quem ele contrataria entre Sampaoli e Holan. A resposta você confere quando a entrevista for ao ar.