Marinho vem perdendo uma sequência de jogos importantes do Santos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O atacante Marinho participou de uma live do jornalista Ademir Quintino e revelou ter passado por uma cirurgia para resolver um problema que, segundo o jogador, foi um erro médico. A cirurgia na perna esquerda não foi informada pelo clube.

“Falaram que eu ia voltar em quinze dias, mas cara, eu passei por uma cirurgia no dia 11 de agosto. Tive que abrir a perna, tenho cinco pontos. Então assim, eu fiquei recebendo críticas calado, porque o chinelinho aqui desaparece em momentos cruciais do clube. Mas é porque a gente não ganhou a Libertadores, porque se ganha, Marinho era o Pelé”, disse o camisa 11.

“Sim, claro (foi um erro médico). E não me respaldaram, disseram que eu voltaria em 15 dias. Hoje voltei a treinar com o grupo, fiz uma parte do trabalho e tenho um ponto que não fechou ainda. Não tenho condição de jogar 90 minutos (contra o Bahia). A princípio, faço trabalho de passe, alguns trabalhos pra chutar. Daqui a pouco vou estar de boa”, completou.

O jogador também falou sobre as propostas que o Santos recusou após a Copa Libertadores. Marinho citou saídas importantes como Luan Peres, Pituca e Soteldo.

“Eu perguntei sobre isso, mas falaram que não tem condição de aumento ou plano de carreira. Não falaram nada e eu disse para pensarem se chegar algo de fora. ‘Me deixa respirar’. Sempre pedi um time que brigasse por título. Soteldo, Luan Peres, Veríssimo, Alison, Pituca… Vi todos saindo e eu não saio também? Mas agora a situação não está boa, então vou continuar. Cheguei pela porta da frente, na primeira divisão, e vou sair com o Santos na primeira divisão. Estou fechado até o fim do campeonato. E que o presidente pense a respeito disso. Não quero sair de graça, pela porta da frente, e respirar. Eu preciso. Eu continuo no Santos, até porque o presidente recusou todas as propostas. Falei para o presidente que estou feliz, mas tenho 31 anos e se for bom para o Santos… Hoje eu não posso falar que vou aposentar no Santos. Falei para o presidente que depois do Campeonato Brasileiro (2020) eu gostaria de almejar coisas para a minha vida deixando a porta aberta. E hoje vejo um clima chato, como se eu tivesse feito muita m… aqui”, comentou.

“Se me bloquearem de novo, eu fico, mas nunca briguei. Continuei trabalhando. Certo (Palmeiras e Atlético-MG). Mas foram recusadas. Meu contrato é até o fim do ano que vem. Santos precisa continuar na primeira divisão e eu respirar. Faltou o titulo para mim. Se as propostas foram recusadas, é porque presidente não viu que era momento de sair. Vou me dedicar até o último dia. E vamos ver sobre ano que vem. Se vier alguma situação, espero que o presidente pense também. Recebi proposta para ganhar muito dinheiro. Poderia colocar o clube na Justiça e não coloquei. Não é do meu caráter, eu respeito o clube. Não fiz e nem farei. Mas ficamos cinco meses sem receber. Nunca vou expor a instituição porque isso é chato. Eu não exponho o Santos aqui, mas sim uma situação. Eu precisava ter respaldo e não tive”, concluiu.