Ricardo Goulart foi a principal contratação do Santos para a temporada (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

Depois de um 2021 atípico devido à pandemia do coronavírus, o Santos começa 2022 com uma perspectiva melhor do que nas últimas temporadas. O Peixe manteve o treinador do ano anterior (Fábio Carille), teve tempo para uma pré-temporada, não perdeu jogadores importantes e ainda trouxe um nome como Ricardo Goulart, que tem qualidade técnica para subir o patamar do time.

No ano passado, a temporada começou apenas no final de fevereiro, sem tempo de preparação, com uma mudança de comando (saiu Cuca e entrou Ariel Holan) e com saídas de jogadores importantes (Lucas Veríssimo, Diego Pituca e Soteldo).

Além disso, agora o Santos parece ter um departamento de futebol que não vai se esquecer de inscrever jogador no Paulista (Madson), investiu em melhoras no departamento médico e tem um presidente um pouco mais habituado com o clube e o ambiente do futebol (Andres Rueda iniciou sua gestão no ano passado).

O Galvão Bueno sempre dizia na Fórmula 1 que quando o carro nasce ruim, a equipe tem de gastar muito dinheiro para acertar e nem sempre consegue. Vale o mesmo para o futebol. Time que nasce ruim faz o clube gastar muito dinheiro e nem sempre fica bom.

O Santos de 2022 não nasce “ruim”, nasce com pequenos ajustes no modelo 2021, que terminou a temporada numa colocação tipo Alpha Tauri, e ainda precisando ainda de alguns recursos aerodinâmicos, para seguir usando termos de Fórmula 1.

Se o clube ainda não está em condições de brigar com a Mercedez e a Red Bull, já dá para pensar em disputar com Renault, Ferrari e McLaren. Eventualmente, pode vencer algumas corridas.

Durante a temporada, os engenheiros poderiam pensar em ajustes na lateral direita, na lateral esquerda e no primeiro volante. O motor ($) ainda pode ficar devendo, mas o conjunto pode fazer diferença.

Serão quatro competições na temporada. Em três, o Santos precisa entrar sonhando com o título (Paulistão, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana). No Brasileirão, tem de pensar em G6. Se conquistar uma Taça e terminar na faixa de Libertadores, a temporada terá sido um sucesso.