Não é novidade para ninguém que o Santos é um celeiro de craques. Mas, recentemente, o Peixe vem se destacando em revelar jogadores de alto em nível em uma posição, talvez, mais importante do time: o centroavante, quem coloca a bola na rede.
Nos últimos anos, o Alvinegro Praiano revelou Gabigol, Yuri Alberto, Kaio Jorge, Marcos Leonardo e Deivid, que ainda brilha nas divisões de base. Mas engana-se quem pensa que o clube que já teve Coutinho com a camisa 9 “parou”. Luca Meirelles, de 15 anos, é o próximo da lista.
Brilhando no Sub-15, o jogador entrou em campo 34 vezes na temporada 2022, sendo uma partida já pelo Campeonato Brasileiro Sub-17. Ao todo, marcou 33 gols e deu sete assistências. Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO PEIXE, Luca falou sobre seu lado goleador e o DNA ofensivo do Peixe.
“O clube tem um DNA ofensivo como muitos falam então o jogo é sempre para a frente então muitas vezes nossa posição está com a bola para fazer os gols que dão os destaques”, disse o garoto.
“Estou sempre pronto para jogar (em categorias superiores ao Sub-17). Nós, atletas de alto rendimento, trabalhamos para isso. Queremos estar prontos todos os dias e sempre em alta performance. Então, onde eu vou estar não importa. O que importa é sempre levar o Santos para o topo”, completou o Luca.
Estudo e vida “solitária” em Santos
Como já foi dito, Luca Meirelles deixou sua família em Goiânia quando tinha apenas 11 anos. Ele mora no alojamento da Vila Belmiro. Antes, os pais do garoto intercalavam em Santos para acompanhar os primeiros meses do filho na cidade.
“Eu vim pra Santos em fevereiro de 2018. Morei no revezamento dos meus pais: em alguns meses, eles trocaram. Em seguida, vim morar com a família do João Alencar, meu amigo de equipe. Agora, moro no alojamento da Vila desde setembro de 2021”, afirma Luca.
Luca vive uma vida dupla: promessa do Santo e, claro, um estudante. O artilheiro da base não se considera o maior estudioso, mas faz o possível para passar de ano.
“Eu normalmente acordo às 9:30 e descanso até 12:20. Almoço, espero o horário da academia e depois, já vou para o CT no treino de campo. Quando chego na Vila, eu janto, tomo banho e pego as minhas coisas para ir à escola. A aula começa às 19:10 e termina às 22:50… assim chego no alojamento para descansar”, comenta o Luca.
“Eu divido bem, sempre fui um aluno de um comportamento bom. Posso dizer que meu objetivo escolar é terminar a escola. Não sou o maior fã, mas sempre dentro do necessário para passar de ano”, brinca.
Para suprir a ausência dos familiares, Luca divide suas folgas com televisão e muito futevôlei. O jogador citou o documentário de um grande personagem do futebol mundial, considerado o seu filme preferido, além da série Outer Banks, de aventura.
“Gosto muito de jogar futevôlei e vídeo game nas minhas folgas. Também gosto de muito de ver filmes. O meu preferido é o documentário do Cristiano Ronaldo e a série Outer Banks”, aponta Luca.
Inspirações e o futuro
Um dos nomes que Luca se inspira é o atacante Pedro, revelado pelo Fluminense e atualmente no Flamengo. O estilo de jogo, em específico as finalizações, chamam atenção do garoto.
“Eu me inspiro muito no Pedro pelo estilo de jogo “matador” e no físico. Parecemos bastante. Gosto do posicionamento dele frieza na frente do gol, acho que combina comigo e também a finalização que é algo que eu sempre busco melhorar”, disse Luca.
Por necessidade ou missão do clube, jovens jogadores no Santos costumam subir ao profissional rapidamente. Ângelo, por exemplo, estreou com 15 anos, assim como o Rei Pelé. O mais jovem da história do clube é Coutinho, que estreou com 14 anos, 11 meses e 6 dias.
Luca vê no Peixe a grande oportunidade de começar a carreira “cedo”. Ele se diz preparado e aguarda o melhor momento para isso. Com contrato até maio de 2024 no Alvinegro Praiano, o artilheiro não esconde que o sonho está próximo de se realizar.
“Esse sonho no Santos é muito próximo de nós garotos da base. Como falei, estamos nos preparando para esse momento especial das nossas vidas. Enxergo como algo muito bom para nós, Meninos da Vila. o quanto antes e mais preparados, melhor para nós. Sempre ansioso para esse momento. Na melhor ocasião vai acontecer”, finaliza Luca Meirelles.
Então. Eu sempre falo que a Base prepara sim a molecada. Chegam muito cedo e a partir dos 15 anos se estiver bem, for bom como esse moleque Luca Meirelles, nosso conterrâneo, tem de subir e por para jogar sim.
Ficar padecendo de gols, de jogadores, de meias, enfim, de tudo é um absurdo. Eu tenho certeza que a solução está aí mesmo na Vila mais Famosa do mundo: BELMIRO!
Põem a molecada jogar! Deixem-nos brincar! Esse é o SANTOS, PEIXE! Ou não?
O que não dá é ficar vendo esse não futebol do momento!
ESSE MULEKE TEM MUITO FUTURO NO PEIXÃO, SÓ NÃO ESPERO QUE SEJA NA SEGUNDA DIVISÃO,NO CRITÉRIO VITÓRIAS SOMOS O QUARTO POR,OU SEJA SE NÃO GANHAR HJ DO ATLÉTICO PARANAENSE, SÓ RESTA SOFRER AÍNDA MAIS ,OS JOGOS SÃO DIFÍCEIS,E NA PRESIDÊNCIA SO LAMBANÇAS..,
O garoto está no caminho certo: escolheu jogar no Santos FC.
O atacante tem estrela: entrou para jogar no Sub 17 e, com poucos minutos em campo, balançou a rede.
A imagem de clube revelador de craques, a fama de time com DNA ofensivo e a possibilidade de subir rápido ainda atraem garotos de todos os cantos do Brasil para jogar no Santos FC. Se dependesse apenas da estrutura oferecida pela base santista, a garotada ja parava em Sao Paulo (Capital).
Agora, se continuarem a contratar jogadores inúteis que só servem para ficar empacando a carreira da garotada da base, o fluxo de garotos pode ficar prejudicado pela falta de estímulo. O jogador vem de outra cidade, chega muito jovem, faz sacrificios, abdica do convívio familiar e fica até os dezoito (como é o caso do Miguel) e aí não consegue espaço no time profissional porque tem o Carabajal, o Zanocelo, o Luan e o Sanches, que não estão jogando nada, mas ficam na frente na fila de opções do treinador.
Então, o Santos vive um dilema – amadurecer os seus jovens jogadores ou adiantar o lançamento na equipe principal. Atualmente até o treinador do su-20 está nessa situação. Se o time empacar, o que será do Orlando? Vamos botar o Miguelito para jogar? e se não der certo? Quem vê o sub-20, vê que o Miguel não consegue se firmar, como seria esperado. Se o sub-20 continuar sua vida normal, ganhará entrosamento e aparecerão outros jogadores muito bons. Se o Orlando tiver sequência e conseguir dar sequência ao time principal, será que melhora? Têm muitos dilemas, mas tem que haver poucas decisões. Vivemos na torcida por decisões acertadas.