Basso conquistou a titularidade na zaga do Santos (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O zagueiro João Basso revelou que o ambiente da torcida e a vitória do Santos sobre o Grêmio, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão, no último domingo (20), foi um dos momentos mais especiais na carreira do defensor em entrevista ao Esporte por Esporte. O jogador foi titular e atuou durante todo o confronto.

“Foi o momento mais emocionante e marcante que eu tive no futebol até agora. Algo que mexeu comigo e me tocou porque a emoção no ônibus indo pro estádio, você olha na janela e o pessoal olhando, torcendo. Pessoas com 40, 50 anos chorando e pensava ‘que isso, como não vou correr hoje? como não vou dar a vida por esse pessoal’. Esse ambiente que eu vivenciei foi sem dúvida foi o momento mais diferente no futebol. Na segunda passei o dia vendo as fotos, vídeos e bastidores. Pessoal do Santos fez um trabalho impecável. Foi incrível, um dia marcante que vou guardar sem dúvida alguma”, contou.

Antes do duelo contra os gaúchos, o elenco do Peixe se reuniu para debater sobre o momento do clube que está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Basso explicou como foi o papo, que teve iniciativa pelos capitães do time, e vê a mudança acontecendo no grupo.

“Nós nos comprometemos uns com os outros, essa situação incomoda tanto para nós quanto ao clube e aos torcedores. Nós estamos incomodados com isso e fica aquém do tamanho do clube. É o que a gente se cobra diariamente e desde quando cheguei, as cobranças existem nos treinos e o pessoal está querendo melhor e evoluir. A conversa foi para a gente ver o que era possível melhor, ver o que tínhamos que fazer e corrigir o errado. Não é pelo tempo que podemos empurrar com a barriga, passa rápido e a hora da mudança é agora, está sendo e estamos nos dedicando. A gente fechou, conversou e comprometemos dedicação e empenho até o final do campeonato para mduar a situação que não agrada ninguém que trabalha no clube”, explicou.

“A ideia foi dos capitães. Tem o João Paulo, ele pediu para a conversa, o Alison, outro líder do grupo. Todo mundo conversou e falou, foi uma conversa e todos colocaram aquilo que poderíamos melhorar. Aqueles que tem jogado mais ou menos. Isso que é o Santos, um grupo, somos um só, o staff e todos que fazem parte no dia a dia. Foi uma conversa sincera e aberta, todos muito dispostos a entender a situação e melhorar. Foi uma conversa muito boa”, completou.

O próprio zagueiro tem a característica de liderança e comunicação com os outros jogadores. Na rodada anterior à vitória na Vila, o Santos havia sido goleado pelo Fortaleza e Basso desabafou na entrevista pós-jogo sobre a fase do time.

“É algo muito dentro da minha personalizado e sou uma pessoa que gosto de falar, ajudar. De uns anos para cá, percebi algo simples, que é quando o coletivo tem sucesso, o individual se destaca. Meu objetivo é ajudar, as vezes sou até chato, quero vencer e ganhar, tenho essa vontade. A entrevista foi sincera, estava no meu coração naquele momento e depois o pessoal e a nossa conversa se baseou por essa insatisfação dos resultados e desempenho que a gente vinha tendo. Pessoal estava incomodado assim como eu, a diferença foi que eu falei, mas poderia ter sido outro e falado igual. Entenderam tranquilo e fez parte do crescimento!”, concluiu.

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