Soteldo se equilibrou em cima da bola e irritou vascaínos (Foto: Reprodução / Rede Globo)

Na última vez em que Soteldo entrou em campo pelo Santos, o camisa 10 protagonizou um lance um pouco inusitado e polêmico. Durante a goleada do Peixe sobre o Vasco por 4 a 1, o venezuelano subiu com os dois pés sobre a bola, o que deixou os torcedores do Vasco furiosos, e o jogador Sebástian tentou agredi-lo.

Esse lance causou uma grande confusão, resultando em Soteldo levando um cartão amarelo. Além dele, João Paulo também recebeu um amarelo. Lucas Lima pelo Santos e Medel pelo Vasco foram expulsos, assim como Rodrigo Fernández, que também foi punido com um cartão vermelho, embora estivesse no banco de reservas.

Esse incidente gerou grande repercussão na mídia nas últimas semanas e até foi repetido por Barco, do Boca Juniors, em uma partida em que os argentinos eliminaram o Palmeiras da Libertadores. Após toda a polêmica, o técnico Marcelo Fernandes foi questionado no programa “Esporte por Esporte” se Soteldo está autorizado a repetir a mesma ação, ao que o treinador respondeu afirmativamente.

“Para mim, pode sim, por que não? Está nas regras que não pode? Deveriam ter expulsado o jogador que o agrediu; é isso que deveria ter acontecido. Eles tiraram um jogador meu do jogo, tudo bem, mas quero entender em que parte das regras isso se encaixa, e o Daronco interpretou a atitude como antidesportiva.”

“Quer dizer, ele sofre uma falta e, com isso, tem uma atitude antidesportiva? Não vamos ser hipócritas. Eu não disse isso ao meu jogador; tanto é que ele se desculpou na hora e no vestiário. Falamos sobre isso durante a conversa em equipe, mas hoje em dia, as coisas estão muito rígidas. No entanto, isso não é algo que devemos fazer no momento em que estamos, não precisamos disso. Precisamos jogar, dedicar-nos e fazer tudo corretamente, e Soteldo entendeu isso. Ele se desculpou com todos no vestiário”, disse o treinador.

Marcelo Fernandes também foi questionado se, a partir desse lance, ele tem preparado os jogadores para situações semelhantes, como usar a provocação a seu favor para evitar conflitos, como aconteceu contra o Vasco.

“O que posso dizer é que, em minhas palestras, uma das coisas mais importantes que enfatizo é que começamos com 11 jogadores e terminamos com 11 jogadores. Deixo claro que, se algum jogador cuspir em seu rosto ou te der um tapa, você não deve revidar, continue focado, porque precisamos de todos no campo. Isso é mencionado em todas as partidas, você pode ter certeza disso”, concluiu Fernandes.

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