É fato, o Santos não tem sorte quando se trata de cobranças de pênaltis. Podemos culpar o último batedor, o goleiro que não caiu, aquele chute fraco, o barulho no estádio ou o nervosismo típico das decisões por penalidades. Mas, para mim, o problema esteve mesmo nos primeiros 90 minutos.
Desde 2016, estamos sofrendo seguidas desclassificações nas quais o nosso time é superior, joga melhor, mas não consegue ser efetivo no primeiro jogo. Não importa se a partida é em casa, como no Paulista e na Copa do Brasil do ano passado, ou se jogamos a ida fora, como ocorreu contra River Plate-URU, Atlético-GO e Corinthians neste ano: o nosso time não consegue matar a eliminatória no primeiro jogo mesmo tendo boas oportunidades para isso.
É difícil encontrar uma única razão, mas o Santos não consegue ser efetivo logo de cara, aí sofre um resultado negativo e, depois, parece que um leão nasce dentro de cada jogador e o segundo jogo é matador – o problema é que não conseguimos superar o placar adverso da ida e somos eliminados no tempo normal, como aconteceu na Copa do Brasil contra o Internacional em 2016 (ano em que o time gaúcho caiu de divisão) e o Flamengo em 2017, ou vamos para as penalidades, e o resultado disso já sabemos. O interessante é que a regra do gol fora de casa como critério de desempate nunca está ao nosso favor, pois teríamos passado por Cruzeiro (Copa do Brasil) e Palmeiras (Paulista) no ano passado se ela existisse nessas competições.
Não quero desmerecer a postura do elenco quando ele cresce nos 90 minutos finais das decisões, mas para que deixar para o último momento? Contra o Cruzeiro, levamos um gol besta dentro de casa e depois conseguimos uma virada histórica no Mineirão; contra o Flamengo, simplesmente entramos amedrontados e depois fizemos quatro gols em casa; contra o Internacional, abrimos dois gols, então nos acomodamos e tomamos aquele golzinho de bola parada; contra o Palmeiras, fizemos dois gols em um Pacaembu lotado de torcedores do rival no jogo de volta; contra a Ponte Preta (Paulista de 2017), deixamos para marcar em casa e fomos punidos novamente nos pênaltis… E tudo isso ocorreu nos últimos anos.
Somos um time forte, éramos melhores do que o River Plate e claramente o mesmo ocorreu contra o Corinthians: amassamos, destruímos, eles não viram a cor da bola, com isso todo mundo concorda, isso todo mundo enxerga, mas nós mesmos sentimos a superioridade tarde demais.
Não é hora de culpar a famosa “loteria”, mas de colocar na cabeça a qualidade da nossa equipe e começar a sermos efetivos no jogo de ida. Temos potencial para isso, não precisamos colocar dez jogadores atrás e dar chutões para ganharmos campeonatos, esse jamais será nosso perfil. Vamos ganhar à nossa maneira, com intensidade, bola no chão, posse de bola e um futebol bonito. Seguimos em frente, de cabeça erguida, basta acreditar.
Isabel, gostaria muito de acreditar nas suas palavras, mas com esse elenco é praticamente impossível.
Tirando os Paulistões de 2015 e 2016, estamos na fase do quase desde 2013 nas competições importantes.
Tem certas figurinhas nesse grupo que se jogar dez jogos decisivos contra adversários pesados, vão ser eliminados nas dez oportunidades.
Grupo de jogadores que não se impõe e sempre se conforma com boas campanhas apenas, nesta toada vão ser mais 20 anos para ganhar algo de fato importante.
Oi Isabel…
O jogo contra o Corinthians foi realmente difícil de aceitar a derrota. O Santos em jogo decisivo tem tremido ultimamente.
É desanimador ás vezes acompanhar o time porque no final a gente já espera o que vai acontecer.