John Textor nas apresentações de Adryelson e Vitinho do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Durante as apresentações de Adryelson e Vitinho, o empresário John Textor destacou Santos e Botafogo como os clubes mais tradicionais do Brasil.

Textor, dono da SAF do Botafogo, afirmou que os torcedores devem se acostumar a ver o time carioca entre os melhores do país, ressaltando a história e importância tanto do Alvinegro Praiano quanto do Glorioso no cenário nacional.

“Apesar das pessoas estarem surpresas com a força do Botafogo, somos o clube mais tradicional do Brasil, somos o Glorioso. Botafogo, Santos… somos os gloriosos. Não vamos sair daqui”, declarou Textor.

A fala do empresário foi em relação ao fair play financeiro. Textor não poupou críticas, classificando o sistema como uma “fraude” na Europa. O empresário argumentou que o modelo favorece os grandes clubes e limita as possibilidades dos menores competirem em igualdade.

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Ele citou o exemplo do Crystal Palace, time que também possui na Inglaterra, que precisa enfrentar gigantes como o Manchester United sob condições desiguais. Para ele, a regra protege os grandes clubes, permitindo que continuem gastando mais, enquanto os times menores são impedidos de aumentar seus investimentos.

Além disso, Textor falou sobre os investimentos que tem feito no Botafogo e explicou que essa injeção financeira faz parte do acordo com a SAF, já que o clube, ao ser adquirido, possuía apenas três jogadores com experiência na primeira divisão. Segundo o empresário, o nível de aporte realizado era necessário para tornar a equipe competitiva.

“Quando dizem que nós estamos investindo mais que Palmeiras e Flamengo, lógico que estamos, porque isso foi preciso”, afirmou.

A Comissão Nacional de Clubes iniciou um debate sobre a implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro em uma reunião realizada na última segunda-feira (2) na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O encontro reuniu representantes de 11 clubes para representar todos os 50 das Séries A, B e C (Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco, Atlético-GO, Flamengo e Palmeiras, além de dois clubes da Série B e um da Série C). O objetivo é discutir a adoção de medidas que visem a equilibrar as finanças dos clubes e garantir maior competitividade, com uma possível implementação do modelo a partir de 2025.

Durante a reunião, foram abordados temas como o calendário e a arbitragem, e a viabilidade de implementar o fair play financeiro no Brasil. A discussão surgiu devido a questões relacionadas à disparidade nas transferências e ao problema de clubes com dívidas em aberto. A proposta também considera a questão dos times pertencentes a grupos empresariais, que pode afetar a paridade financeira. O grupo decidiu realizar novas reuniões mensais para avançar no modelo de fair play financeiro. A CBF já havia recebido um projeto de fair play financeiro do economista Cesar Grafietti no passado, mas o modelo nunca foi colocado em prática.