Santos atrasou jogo no Mangueirão em agosto (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O Santos foi multado em R$ 12.800,00 pela 6ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Esportiva) em julgamento nesta quinta-feira (17). A equipe do técnico Fábio Carille foi denunciada no artigo 206, por atraso, na vitória sobre o Paysandu por 3 a 0, no Mangueirão, pela 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no dia 9 de agosto.

A equipe de Belém levou multa de R$ 2.400,00 por três minutos de atraso e o atleta Jose Domingos de Moraes Neto, que foi expulso, teve o caso arquivado por prescrição.

COMO FOI O JULGAMENTO

Na defesa do clube, o Doutor Marcelo Mendes teve a prova testemunhal de Sergio Denis Rodrigo de Jesus, coordenador de operação e segurança. Ele não estava no jogo no dia, mas o profissional foi o responsável por fazer todo o tramitê operacional de logística do Peixe.

Sergio afirmou que a PM de Belém havia alinhado a escolta do horário do hotel ao estádio a partir das 18 horas e com o funcionário local confirmou o melhor horário. No dia, o policiamento mudou o rota e ocasionou o atraso de mais de uma hora para a chegada no estádio e não houve explicação.

Não foi elaborado um plano de ação, mas houve contato via celular. Sergio afirmou que Alexandro Gallo, coordenador do futebol, questionou o porquê da alteração e o policiamento não deu uma explicação plausível.

O procurador Roberto Maldonado entende que apesar do Alvinegro tenha atraso no transporte, não impede que o clube pudesse cumprir o horário para ingressar em campo e entende que a responsabilidade é do clube. Marcelo Mendes defendeu o Santos falando da troca de trajeto que se deu o atraso e reforça que o Paysandu também atrasou, mas não foi denunciado.

O árbitro relatou o atraso santista, mas o delegado da partida afirma que o atraso se deu a dificuldade do Peixe no transito. O ofício do Santos, a prova testemunhal e o atraso do Paysandu reforçaram a defesa de Marcelo. Ele pediu absolvição pelo início do jogo, mas entende o atraso no intervalo.

Já em relação ao Santos, Eduardo Ramos não tira a responsabilidade do clube no atraso mesmo com a mudança na trajetória do hotel ao Mangueirão. E votou por a multa a R$ 800 por minuto, totalizando R$ 12.800,00 por 16 minutos (13 minutos no início e 3 minutos no retorno).

Aline, Rodrigo e Marcelo acompanhou. O presidente José Dutra reforça erro no planejamento do clube da Baixada Santista e também acompanhou. O resultado de multa de R$ 12.800,00 ao Santos, multa de R$ 2.400,00 ao Paysandu e prescrição do atleta expulso.

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O QUE ACONTECEU

O Santos justificou o atraso em um documento entre aos árbitros a anexados à sumula da partida. O árbitro alagoano Denis Serafim relatou a entrada do Peixe às 20h04min, um atraso de 14 minutos e início do primeiro tempo às 20h13min.

“Informo que o jogo iniciou com 13 minutos de atraso devido a equipe do Santos chegar no estádio às 19h20min devido a problemas no trajeto do hotel para o estádio, conforme o documento em anexo”, diz o relato do juiz.

Em documento anexado, Fabricio Willian dos Santos Cavalcante, responsável pela equipe de logística, justificou o atraso no anexo enviado ao delegado da partida.

“Vimos, através deste, relatar os incidentes ocorridos nos momentos que antecederam a partida de n° 199, válida pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro – Série B – 2024, a ser realizada no Estádio Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), entra Paysandu Sport Club x Santos Futebol Clube. A delegação do clube, ficou hospedada no Hotel Gran Mercure Belém do Pará – Av. Nossa Senhora de Nazaré, n° 375 e fomos previamente informados pela equipe de logística que o trajeto hotel x estádio, duraria cerca de 30 a 35 minutos, como de costume em eventos futebolísticos anteriores (previsão temporal esta, confirmada com a escolta). Porém, a escolta realizada pela Polícia Militar de Belém, no meio do percurso, decidiu seguir por um trajeto não repassado à equipe de logística e nem ao motorista do ônibus da equipe. Com isso, o trajeto durou cerca de 1 hora e 15 minutos. Foi previamente acordado que o trajeto seria pela Avenida Almirante Barroso, porém. vieram pela Avenida Duque de Caxias, alongando drasticamente, drasticamente, o trajeto até chegar Avenida Augusto Montenegro (via de acesso direto ao Estádio Jornalista Edgar Proença). Com isso, tivemos um prejuízo com o tempo de preparação e de aquecimento dos atletas. Nosso desejo é de que este tipo de atitude da Polícia Militar de Belém, não ocorra mais, em hipótese alguma, para que as outras equipes que futuramente virão até este mesmo local, não sofram com tal atitude desprezível e antidesportiva. Sem mais para o momento, aproveltamos o ensejo para renovar nossos protestos de elevada estima e distinta consideração”, afirmou no documento.

Santos enviou um documento justificando o atraso e foi anexo na súmula (Crédito: Reprodução/CBF)