Carille tem contrato de renovação automática em caso de acesso com o Santos (Crédito: Raul Baretta/Santos FC)

O técnico Fábio Carille admitiu que, após o Santos chegar a 65 pontos e encaminhar acesso, é hora de sentar com a diretoria para definir futuro no Santos. O treinador revelou uma temporada de desgaste e que chegou a acompanhar jogos da Série B no mudo. Além disso, falou em planejamento para o clube em 2025.

“Agora sim. Passa a ser momento de todos nós sentarmos e fazermos o que é melhor para o Santos. Para ser sincero, não pensei nada sobre isso. Sei que tem o contrato que passa a ser renovado automaticamente para 2025. Acho que o mais importante não é meu contrato, mas todos que estão envolvidos saber o que é melhor para o clube. Sentar com meus empresários, saber o que é melhor para mim. Agora é a hora. Faltam 2 meses para 2025. Momento do clube de programar para ano que vem. Ano pesado, o interno me deu força para ficar aqui. Interno é bom demais, a pressão e a fumaça de casa. Assisti os jogos da Série B sem som, gosto do clube, da cidade, das pessoas que estão aqui. Foi ano pesado e desgaste, mas futebol é assim. Nem sempre onde Deus te coloca vai ser um mar de rosas, as vezes vai ser turbulência. Acredito demais em Deus, me sinto bem”, ressaltou.

Questionado sobre o que o Peixe precisa para o novo ano, Carille reconhece que não pensou a longo prazo. No entanto, afirmou que acredita que o elenco não precisaria de grandes mudanças e pediu espaços para os Meninos da Vila. O comandante ainda falou que viveu focado pelo Brasileirão ‘como Copa do Mundo’.

“Eu particularmente não parei para analisar. Fizemos um Paulista que enfrentamos três grandes. Saber o que o clube quer é onde quer chegar, pensar em chegadas. Focado aqui o dia inteiro. Vivendo a Série B e foi a nossa Copa do Mundo. Única competição que a gente tinha. Pensando rápido, não sei se precisa de tantas mudanças. Abrir espaço para os jovens”, admitiu.

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Carille ainda comentou sobre a relação com a torcida e diretoria. Apesar de confessar erros no trabalho, vê exagero em algumas críticas. Também comentou sobre o momento em que o Corinthians o procurou quando estava em uma sequência de quatro derrotas pelo Alvinegro.

“Eu sempre passei o que estava acontecendo para a diretoria. Junto com meu empresário resolvemos ficar quieto. Sabemos o motivo, mas sei que dali para cá mudou essa relação, implicância e muitas vezes com razão. Poderíamos ter sido melhor, mas já vi time grande..Cruzeiro ficando três anos, Vasco em jogo decisivo”, afirmou.

Penso que totalmente não. Aconteceram erros, que é normal, mas acho que houve exagero. Se eu ir para meu quarto e saber que eu não sou aquilo que estava ouvindo. Isso me fortalecendo com as pessoas dentro do CT Rei Pelé. Nesse momento, acho exagero”, concluiu.