Santos de Pedro Caixinha fez apenas 9 pontos no Paulistão (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

O técnico Pedro Caixinha analisou o desempenho do Santos no empate sem gols contra o Novorizontino e destacou a falta de precisão da equipe com a bola. Segundo o treinador, o time teve dificuldades para criar jogadas ofensivas e perdeu fluidez ao longo da partida. Por outro lado, ele valorizou o sistema defensivo e elogiou a atuação do goleiro Gabriel Brazão.

“O time com bola foi muito impreciso, isso deixou nosso time sem fluidez, ficamos afastados e com dificuldade de criar direções ao ataque. Foi a primeira vez que não sofremos gol, o Brazão foi o homem do jogo e isso foi positivo. Na primeira parte queríamos ter uma saída de três mais um, atraindo a primeira linha do adversário, com dois volantes, sendo com um saindo e um triângulo associativo pela esquerda. Na direita, queríamos ter o Diego Pituca mais por dentro, mas não assumimos esse três mais um porque estávamos com nossos laterais dificultando isso”, explicou Caixinha.

Para o segundo tempo, a ideia era melhorar a organização ofensiva da equipe e encontrar espaços no ataque, mas o treinador admitiu que o Santos continuou com dificuldades para executar o que foi planejado. Ele citou a tentativa de aproximação entre os jogadores para evitar perdas de bola rápidas e lembrou a melhor chance da equipe, com Diego Pituca, mas reforçou que o time ainda precisa evoluir.

“Tivemos pressa em perder a bola, insistíamos em ligações em um triângulo e melhor ocasião do jogo com o Pituca indo até o gol. No intervalo ajustamos com três mais dois, procurando ter o Thaciano por dentro, como estava nosso baixinho (Soteldo), o Neymar entrando pela esquerda, mas não conseguimos encontrar esses espaços. A nossa organização defensiva fez com que hoje pela primeira vez conseguíssemos não sofrer gol”, afirmou.

Nos minutos iniciais da partida, o Santos enfrentou grande pressão do Novorizontino e teve dificuldades para controlar a posse de bola. Caixinha reconheceu que o time demorou a se encontrar no jogo e lamentou a falta de fluidez na troca de passes. Ele destacou que a equipe precisava ter mais controle e paciência com a bola para evitar tantas dificuldades.

“Acho que eles entraram como nós pensávamos, eles entraram muito forte, entraram bem. Tivemos muitas dificuldades nos primeiros dez minutos, a nossa equipe praticamente não se encontrou nesses primeiros dez minutos. Depois já conseguimos dar uma maior acalmada no jogo, mas eu quero voltar a referir o jogo de hoje. Era um jogo que nós tínhamos que ter a capacidade de poder jogar tendo a bola. E não a tivemos, por isso que passamos por muitas dificuldades, quer em termos da forma como tínhamos, quer em termos de posse mais larga, quer em termos de encontrar os espaços para depois poder acelerar o jogo. Acho que isso foi o que mais dificuldade nos causou no dia de hoje”, concluiu.

Agora, o Santos se prepara para enfrentar o Corinthians na próxima quarta-feira, às 21h35, na Neo Química Arena, em mais um clássico decisivo pelo Campeonato Paulista.