Rodrygo deixou o Santos em junho (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

A noite de terça-feira não foi de boas notícias para o torcedor santista. Na reunião do Conselho Deliberativo (CD), o planejamento estratégico foi reprovado e a comissão responsável por acompanhar o uso do dinheiro da venda de Rodrygo fez uma projeção mostrando que só restam R$ 10 milhões para o Santos utilizar. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal A Tribuna e confirmada pelo DIÁRIO DO PEIXE.

A situação das contas do Santos é preocupante. Como o valor total da negociação estará no balanço financeiro de 2019, o relatório apresentará um superávit no exercício, mas o fluxo de caixa está comprometido. Conforme o DIÁRIO DO PEIXE antecipou, o clube precisa de R$ 50 milhões para fechar as contas do ano.

O Peixe recebeu 40 milhões de euros (R$ 175 milhões na cotação da época) pela venda de Rodrygo ao Real Madrid. O pagamento foi feito em duas parcelas. A segunda metade caiu nas contas do Santos no último mês de julho, mas a maior parte do dinheiro já foi gasto.

Mais de R$ 45 milhões foram gastos com o pagamento de cinco meses de salários do elenco e dos funcionários do clube, entre junho e outubro de 2018. Dívidas de antigas contratações também foram quitadas. A segunda parcela do acordo feito com a Doyen Sports pela contratação de Leandro Damião (R$ 11.134.750,00), e parcela do pagamento de Bruno Henrique (R$ 7.155.000,00), contratado junto ao Wolfsburg (Alemanha).

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O pagamento de contratações recentes também foi feito com o dinheiro de Rodrygo. O Santos pagou pela chegada de Carlos Sánchez (R$ 2,3 milhões), Jackson Porozo (aproximadamente R$ 1 milhão) e Felippe Cardoso (R$ 2,2 milhões) que está emprestado ao Ceará.

Parte do dinheiro está bloqueado devido a uma ação da Bonassa Bucker Advogados. A justiça congelou R$ 15 milhões referentes a segunda parcela.

O planejamento estratégico foi apresentado por Fernando Volpato, gerente administrativo e operacional do clube. O plano foi rejeitado pelo CD, que considerou que as informações apresentadas era insuficientes. O presidente José Carlos Peres não compareceu ao encontro, o que gerou revolta de alguns conselheiros. Apenas um dos membros do Comitê de gestão esteve na reunião.