Depois de uma sequência positiva de performance e de resultados, o Santos volta a oscilar dentro de campo e se afasta drasticamente da conquista de título em 2019. O Campeonato Brasileiro do nosso alvinegro está sendo marcado por brilhantismos pontuais e inesperados apagões dentro de campo. Se hoje estamos a mais de 10 pontos atrás da liderança, isso se deve aos pontinhos que deixamos pelo caminho em jogos de postura irreconhecível.
Separei as oito piores partidas do Santos no Brasileiro, da goleada palmeirense à derrota contra o Atlético Mineiro e é notável como alguns números e estatísticas se repetem:
Primeiro ponto: Santos tem prazer em ressuscitar times e jogadores.
Foi nos pés de Fred que demos uma sobrevida a um Cruzeiro na berlinda, enchemos o ego de Alexandre Pato (que desde então não marcou mais), afastamos os questionamentos do trabalho do Felipão, demos credibilidade ao time reserva do Athletico Paranaense, possibilitamos a melhor partida do Luan no Brasileiro e, mais recentemente, tiramos o Galo de um possível Z4 para a zona da sul-americana.
Segundo ponto: alta posse de bola e baixo número de finalizações certas.
É comum vermos o time do Santos com a bola por mais tempo e mesmo assim não ser capaz de criar boas jogadas, existe uma lacuna entre Diego Pituca e o ataque (deveria ter sido preenchida por Cueva) e o time fica totalmente sem criatividade. Muitos cruzamentos, tentativas frustradas de jogadas individuais e finalizações sem capricho. Como exemplo: 67% de posse contra o Galo e 1 finalização certa.
Terceiro ponto: dificuldade gigantesca em reverter o resultado quando toma gol.
Foi assim contra o Palmeiras, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Grêmio, Athletico, e ainda pior, o time perde a cabeça, aumenta o nervosismo e quantidade de erros e isso resulta normalmente em mais gols tomados.
Quarto ponto: falhas cruciais individuais.
Falha do Vanderlei contra o Palmeiras, Aguilar duas vezes contra o São Paulo, Gustavo Henrique expulso contra o Cruzeiro, gol contra do Veríssimo contra o Fluminense, falha do Jorge contra o Galo. Atitudes determinantes para o decorrer do jogo desestruturam a estratégia planejada e deixam o time perdido.
Quinto ponto: troca de funções e posicionamento de jogadores.
Jogamos com três zagueiros em campo contra o Palmeiras, São Paulo, Athletico, Atlético e Fluminense. Colocamos Pituca e Veríssimo de laterais, Ferraz pelo meio, Sasha pela ponta, Jorge de meia, Soteldo de falso 9… chegamos até a jogar com dois centroavantes contra o Furacão.
É claro que algumas alterações no sistema de jogo acontecem devido a lesões ou suspensões, mas o alto número de mudanças no esquema – mesmo quando ele parece estar dando certo – torna a sintonia e confiança entre as atletas mais difíceis.
A mira do time mudou, nosso foco agora está nos milhões do vice-campeonato e em uma vaga direta para a Libertadores, mas a fila está andando rápido, os times vão levemente se aproximando e, se o Santos não quiser mudar novamente seu objetivo no campeonato, precisa acender todas as luzes e espantar de vez esses apagões.
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