Zeca abandonou o clube na reta final do último Brasileirão (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O Santos venceu nesta quinta-feira uma batalha na guerra jurídica que trava com o lateral-esquerdo Zeca, jogador que acionou o clube na Justiça no ano passado, e abriu as portas para o retorno do atleta ao elenco alvinegro. A volta seria conveniente para Jair Ventura porque o técnico não dispõe de um nome confiável para a posição, e o presidente José Carlos Peres não vê problemas em reintegrar Zeca ao clube.

Em um evento na Federação Paulista de Futebol, Peres anunciou que o Peixe obteve uma liminar que obriga qualquer clube que contratar Zeca a fazer um depósito caução em nome do Santos no valor de R$ 150 milhões (para agremiações brasileiras) ou R$ 200 milhões (para clubes do exterior). A próxima audiência para tratar do caso está marcada para abril.

Sabendo que nenhum clube vai contratar Zeca correndo o risco de ser obrigado a pagar valores tão elevados, o presidente santista deixou claro que vê como uma boa solução para o caso a volta do jogador ao time. “O Santos sempre está aberto para conversas. Mas ele vai ter de pedir desculpas para o elenco”, afirmou Peres. “Ele abandonou o time. A conversa é o melhor. O Zeca é um grande lateral, teve uma ação que não agradou ao clube, mas com certeza será bem recebido como qualquer ser humano que apareça no Santos, em especial porque ele fez muitas coisas pelo clube, foi campeão olímpico… Teve uma ação (ruim), mas ser humano é sempre perdoável. As portas estão abertas.”

Como Romário e Caju, os dois laterais-esquerdos do elenco, não mostraram bom futebol nas partidas do Campeonato Paulista que disputaram, a volta de Zeca poderia ser a solução para um problema que tem incomodado Jair Ventura. O mais difícil nesse caso seria convencer a torcida a receber de volta um jogador que abandonou o clube. Peres, porém, acredita que isso pode ser resolvido de forma amigável.

“É contornável. Acho que você tem de respeitar o jogador. Por algum motivo ele tomou uma atitude que, à primeira vista, não foi elogiável nem pelo clube, nem pela torcida, nem por ninguém”, comentou o dirigente. “Foi uma atitude extrema de abandonar uma concentração de um clube com o qual ele tem contrato, mas há a possibilidade de contornar.”