Cueva não treina no Santos desde o dia 28 (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)
A “novela Cueva” pode ganhar mais um capítulo nos próximos dias. O Santos tem até a próxima segunda-feira para se manifestar à Fifa sobre um pedido de transferência feito pelo Pachuca, do México, que quer contratar o meia peruano. A informação foi publicada inicialmente pelo site GloboEsporte.com.
Acertado com o Pachuca desde a semana passada, Cueva pediu a rescisão contratual com o Santos na Fifa. A alegação do peruano é de que há um atraso salarial de três meses, porém, o valor que Cueva recebe mensalmente em carteira está em dia, e o atraso referido pelo atleta se dá por conta dos direitos de imagem, que estão de fato atrasados.
Cueva abandonou os treinamentos do Santos no último dia 28. O meia viajou à Argentina, onde conversou com o San Lorenzo, e depois seguiu para o México, onde está até hoje com sua família, aguardando uma definição do Santos – a esposa do jogador, inclusive, publicou um vídeo na cidade mexicana durante a semana.
Além disso, jornais mexicanos e peruanos já cravaram a transferência de Cueva ao Pachuca. Alguns veículos ainda dizem que o meia já foi inscrito antes do fechamento da janela de transferências, no último dia 31.
Dinheiro rasgado
Se Cueva conseguir a liberação na Fifa, o Santos segue endividado com o Krasnodar, da Rússia, clube ao qual o atleta ainda pertence. O Peixe inicia neste ano a primeira de três parcelas de compra. O valor de cada parcela é de US$ 2,3 milhões, com um desconto de US$ 700 mil, que o São Paulo tinha direito, mas abriu mão para conseguir o empréstimo de Vitor Bueno.
O Santos também poderá se endividar com o próprio Cueva, já que, caso o peruano consiga a rescisão, há a possibilidade do clube pagar uma multa ao atleta.
Oficialmente, o Santos ainda não divulgou nenhuma informação sobre o assunto. Sempre que solicitado, o clube diz que o caso está nas mãos do departamento jurídico, que também não explica a situação.
Cueva foi o segundo reforço mais caro da história do Santos, atrás apenas do atacante Leandro Damião, que não rendeu o esperado no Peixe.
Os jornais mexicanos já estão preparando as manchetes: “Pachuca contrata jogador michuruca” ou “Paxuca contrata mixuruca”. Enfim, essa contratação do Cueva parece aquele desenho do Coyote tentando pegar o Papa Léguas: a bomba explode em cima do Santos, que, na sequência, sai voando e cai num buraco que parece que não tem fundo, e quando pensa que chegou no fundo poço, ainda vem uma pedra enorme que cai por cima. Desgraca em sequência. Chegou um presidente do Santos e rasgou dinheiro com o Damião. Aí vem outro presidente, para não ficar para trás, rasga dinheiro com o Cueva (lógico que se a grana saísse do bolso dos cartolas, eles certamente teriam mais zelo na hora de gastar). Haja molecada da base para ser vendida e salvar o clube. Ah, e todas as vezes que entrou grana por conta da venda de raios, não sobrou um pluto para investir na base, em patrimônio.