Antoninho, o arquiteto da bola, fez história vestindo a camisa do Santos em 400 jogos e anotando 145 gols (Crédito: Reprodução)

*Por Fernando Ribeiro e Vinícius Cabral, especial para o DIÁRIO DO PEIXE

Neste sábado enfrentam-se Santos e Palmeiras pela oitava rodada do Paulistão. O chamado “clássico da saudade” já foi disputado em 327 oportunidades, desde o primeiro confronto em 1915. A vantagem no geral é palmeirense, mas o retrospecto levando em conta apenas jogos no Pacaembu, palco da partida, pode animar os santistas: foram 30 vitórias alvinegras, 27 vitórias verdes e 25 empates.

Em 1948, Santos e Palmeiras ficaram frente a frente pela quinta rodada do returno do Paulistão. O Peixe era o líder do certame, em igualdade de pontos com o São Paulo. O jogo foi disputado perante bom público em Vila Belmiro, onde os alvinegros tinham derrotado todos os rivais naquele ano. O técnico santista era Oswaldo Brandão, um dos treinadores mais vitoriosos da história palmeirense.

Atuando de maneira convincente, o Santos não demorou a abrir o marcador. Logo aos seis minutos, Antoninho, o “arquiteto da bola”, lançou Odair que não perdoou. A vantagem durou cinco minutos, quando Osvaldinho venceu o arqueiro Leonídio. O empate não baixou o ânimo santista e Antoninho, sempre ele, deixou novamente um companheiro em condições de marcar: Paulo fez o 2×1. O primeiro tempo do Peixe foi notável e ainda teve tempo de Alemãozinho ampliar, depois de receber de Odair.

Na segunda etapa, o ritmo diminuiu e os esmeraldinos descontaram, por intermédio de Harry. A vantagem santista não foi ameaçada, mas poderia ter sido ampliada: Odair desperdiçou duas penalidades máximas, ambas defendidas pelo goleiro Oberdan. “Triunfo merecido, sem dúvida alguma, pois o Santos jogou muito mais durante todo o transcorrer do encontro”, trouxe em suas páginas o jornal Estado de S. Paulo.

FICHA TÉCNICA

Santos 3 x 2 Palmeiras

Data: 10 de outubro de 1948

Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)

Renda: Cr$ 138.669,00

Árbitro: Gualberto Tassitani

Gols: Odair aos 6, Osvaldinho aos 11, Paulo aos 26 e Alemãozinho aos 42 minutos do primeiro tempo; Harry aos 31 minutos do segundo tempo

Santos: Leonídio; Artigas e Dinho; Nenê, Telesca e Alfredo; Alemãozinho, Antoninho, Paulo, Odair e Pinhegas. Técnico: Oswaldo Brandão

Palmeiras: Oberdan; Caieira e Gengo; Zezé Procópio, Túlio e Fiúme; Lula, Harry, Osvaldinho, Lero e Canhotinho. Técnico: Félix Magno

*A série Jogos para Sempre será publicada sempre para resgatar um confronto inesquecível entre o Santos e seu próximo adversário.