Em entrevista ao jornal O Jogo, de Portugal, o volante Lucho González, do Athlético-PR, fez diversos elogios ao técnico do Santos, Jesualdo Ferreira. Os dois trabalharam juntos no Porto entre 2006 e 2009.
“O histórico de Jesualdo de trabalhar com jovens vai ajudar o Santos. O Santos tem muitos jogadores de base e esta parceria vai dar certo. Jesualdo vai fazer muito bem ao Santos e aos jogadores, especialmente aos mais jovens. Vai ensinar-lhes conceitos sobre futebol que muitas vezes no Brasil não são treinados nem ensinados. Se a diretoria lhe der tempo para trabalhar no projeto dele, não tenho nenhuma desconfiança, no final vai dar certo”, afirmou o jogador.
Na atual temporada, o técnico Jesualdo Ferreira já utilizou mais jogadores das categorias de base do que Jorge Sampaoli em toda a temporada passada. Sandry, Yuri Alberto e Kaio Jorge já foram titulares com ele, Renyer teve suas chances. Nesta quinta, Ivonei e Anderson Ceará treinaram entre os profissionais.
O volante argentino também analisou o começo do trabalho do técnico no Santos e repetiu a necessidade de tempo para o treinador aplicar seus conceitos no clube.
“As coisas de início não começaram tão bem como ele esperaria. Mas no Brasil é complicado. E a imprensa, quando chega um treinador estrangeiro, acha que tem que dar certo no imediato. E até com Jesus isso demorou a acontecer. Jesualdo é muito experiente e pode ajudar muito o clube. Em cada conferência de imprensa deixa muitas coisas boas quando responde aos jornalistas e isso também serve de aprendizagem à imprensa local, que está habituada a outras coisas. Acham que quando alguém vem de fora tem logo de ganhar. Mudar as mentalidades leva tempo”, afirmou.
Depois que o Jobson disse que o Jesualdo não queria que ele avançasse no lance do gol (o time estava perdendo e o técnico queria o volante entre os zagueiros), parece que os jogadores não estão acreditando no sistema retranqueiro do português. O time depende do individualismo porque o sistema tático é ruim. Cada um tenta dar um jeito a sua moda. Quanto ao trabalho com os jovens, o Sandry foi queimado na partida contra o Curintia, clássico fora de casa, com torcida única. O Kaio Jorge foi atirado de cabeça no meio do fogo, num jogo de Libertdores, contra time argentino, fora de casa. O Kaio deu sorte de cair de pé, mas poderia ter quebrado a cara. Os garotos são atirados, sem planejamento. Tanto jogo contra timecos no Paulistinha e os garotos não entram. Quando o jogo é difícil, o experiente Jesualdo coloca os moleques, para uma transição “tranquila” da base para o profissional.