Depois de mais de dois meses de conversa, o Santos e a W Torre assinaram nesta sexta-feira um Memorando de Intenções para o projeto de Retrofit da Vila Belmiro. A assinatura é o primeiro passo de um longo processo para a modernização do estádio Urbano Caldeira.
O primeiro contato informal entre o presidente José Carlos Peres e representantes da empresa aconteceu em dezembro do ano passado. No dia 7 de fevereiro, Peres e Fernando Volpatto, executivo administrativo do Peixe, se reuniram pela primeira vez com representantes da empresa para iniciar as tratativas.
Desde então, as duas partes conversam sobre os entendimentos para o Memorando. Após discussões sobre alguns pontos do documento (que são tratados de forma confidencial por cláusula contratual), o Memorando de Intenções foi assinado nesta sexta. O ponto principal é o direito de uso do solo, que será da W Torre por 35 anos desde que a empresa utilize o solo para a construção do estádio.
A partir de agora, Santos e W Torre vão trabalhar em conjunto para viabilizar o projeto basicamente em três frentes: Projeto arquitetônico, Business Plan e captação de recursos.
Em relação ao Projeto Arquitetônico, o projeto elaborado no ano passado pelo escritório do arquiteto Artur Kachborian seria usado como base, mas a W Torre pode sugerir adaptações de acordo com as necessidades da empresa.
As necessidades serão discutidas durante o Business Plan. Os dois lados pretendem fazer estudos sobre a viabilidade de shows (de pequeno e médio portes), sobre as possibilidades de negócios que o Retrofit pode gerar (lojas, escritórios, museu ou outras atividades econômicas), entre outras coisas.
A captação de recursos é a parte fundamental do projeto. A empresa e o clube irão discutir valores e percentuais de Naming Rights, venda de cadeiras, camarotes, participações em shows e na exploração comercial da Vila.
Pelo documento, todo esse processo precisa ser concluído em 180 dias a contar da assinatura. Todos as conversas e discussões correrão em paralelo com aprovações da Prefeitura Municipal de Santos. Depois de aprovado o modelo de negócio, ele será levado para a votação do Conselho Deliberativo do Santos.
Com as aprovações de Conselho e da Prefeitura (em todas as secretarias), a obra deve começar, com prazo de 24 meses para o término. O custo estimado fica entre R$ 220 e R$ 240 milhões.
O problema vai ser esse Conselho Deliberativo composto por dinossauros que só pensam no benefício próprio.