O time de 1995 tem um lugar especial no coração santista e um nome forte daquela geração, o volante Vágner, participou de um podcast do Arquibancada Tricolor (ele também defendeu o São Paulo) e lembrou de sua chegada e como foi sua passagem pelo Peixe.
“Eu lembro que em 95 eu tive um pequeno problema com o União São João de Araras. Eu vim de uma situação de extrema pobreza e pedi para o clube, pelo menos alugar uma casa para mim, porque na minha não tinha. O clube não aceitou e me mandou embora”, contou.
“Eu fiquei treinando em três períodos e pensei que em qualquer momento podia acertar com qualquer clube. O diretor do União me ligou, que estava acertando com o Flamengo, mas depois me falaram que eu ia para a Vila Belmiro. Acabei entrando de cabeça no Santos. O time não estava bem, mas tinha muitos craques. Eu jogava como quarto homem pelo lado direito, fechando pelo meio, fomos ganhando e acabamos chegando na final”.
O título ficou com o Botafogo, mas os santistas reclamam até hoje da arbitragem confusa de Márcio Rezende de Freitas na final, Vágner lembra do acontecido e de uma suspensão polêmica que sofreu no tribunal.
“Foi uma falha tremenda do árbitro. Ele errou numa final que não podia ter errado. Foi um título que a gente merecia realmente. A gente sabia do nosso potencial. Eu tinha sido expulso contra o Flamengo, antes de classificar entre os oito, cumpri suspensão e depois vieram me dizer que eu não podia jogar a final”, lembrou.
Vágner ficou no Santos até 1997, quando foi negociado com a Roma. Defendeu ainda Vasco da Gama, São Paulo, Celta de Vigo (Espanha) e Atlético Mineiro. Encerrou a carreira em 2005, aos 31, sofrendo com lesões.
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