O Conselho Deliberativo do Santos vai se reunir de forma virtual nesta terça-feira, a partir das 19h30min, para votar o parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) sobre as contas do clube em 2018. O Peixe apresentou um déficit de R$ 77 milhões no exercício e o relatório pede o impeachment do presidente José Carlos Peres.
A reunião aconteceria no dia 16 de março, mas foi adiada devido ao avanço do coronavírus. Pedro Dória, membro do Comitê de Gestão, chegou a entrar na Justiça para pedir uma liminar para impedir o encontro do dia 16, mas o pedido foi negado. O presidente José Carlos Peres usou o site oficial do clube para se defender em carta aberta aos sócios.
A votação de terça-feira será nominal. Se for aprovado, o parecer volta para a CIS e o Comitê de Gestão terá tempo para fazer a sua defesa. Então, a comissão dará outro parecer sobre a defesa do CG, que será submetido a uma nova votação.
Nesse caso, o processo precisaria de dois terços dos votos entre os presentes para ser aprovado. Em caso de aprovação, o Conselho teria de convocar uma assembleia de sócios para a votação do impeachment. Nesse caso, bastaria a maioria simples para o impeachment ser aprovado.
Caso o impeachment seja aprovado, o Conselho deverá decidir uma questão de interpretação sobre o Estatuto. Quando sofreu o primeiro processo de impeachment, em 2018, José Carlos Peres não precisou se afastar do cargo até a decisão da assembleia dos sócios.
No entanto, na mudança estatutária para adequação ao Profut, feita em 2019, o novo texto sobre o processo de impeachment pede o imediato afastamento do presidente. Nesse caso, o Conselho teria 60 dias para convocar a assembleia de sócios. Se a assembleia não for realizada neste prazo, o presidente voltaria ao cargo até a votação.
Como o processo é de 2018, o Conselho deverá decidir se será enquadrado no Estatuto do período ou no atual.
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