Emily Lima deseja conquistar três títulos em 2018 (Crédito: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

Emily Lima sabe que o tempo corre contra seu plano de preparar o elenco para as principais competições das quais o Santos vai participar em 2018. Ela não esconde que sonha em levantar as três taças que disputará neste ano: Campeonato Paulista, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores da América. A 20 dias do início do Paulista, a treinadora diz ainda não ter uma equipe titular definida e atribuiu isso a um “problema que todo mundo quer ter: temos um elenco muito qualificado e eu poderia montar dois times facilmente”.

Atual campeão brasileiro e vice paulista, o Santos possui um dos elencos mais fortes do futebol feminino brasileiro, mas perdeu jogadoras importantes na virada do ano, como a artilheira Sole James, que se transferiu para o futebol chinês, a lateral Katiuscia e a zagueira Calan, ambas hoje no Corinthians.

“As três eram importantes para o time, mas fomos buscar reforços que podem suprir algumas ausências, e outras serão solucionadas dentro do nosso elenco”, explica Emily em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO PEIXE. A treinadora chegou ao clube em janeiro para dirigir as Sereias da Vilas em substituição a Caio Couto, que comandou a equipe entre 2015 e 2017.

Para a temporada de 2018, as Sereias foram ao mercado buscar quatro reforços: as atacantes Allana e Chu, a meio-campista Monique Peçanha e a lateral Rosana. “As quatro foram escolhidas com cuidado pela comissão técnica, dentro do que consideramos necessário para o elenco”, conta Emily.

A treinadora das Sereias destaca que Rosana é bastante experiente, com Jogos Olímpicos e Mundiais na bagagem, mas diz que “fundamentalmente é uma jogadora com espírito de grupo, o que é mais importante. Ela não vai querer ser mais do que ninguém, vai ajudar o grupo e passar sua experiência para as mais jovens”.

Emily Lima considera esse espírito coletivo fundamental porque não quer que o time crie dependência desta ou daquela jogadora, que pode desfalcar o Santos por contusão ou suspensão.

Por fim, sobre as jogadoras da base do Peixe que participaram da conquista do título sul-americano pela Seleção Brasileira Sub-20, a treinadora é cautelosa. “Acho que ainda não estão prontas para jogarem no time profissional. Ainda falta a elas um passinho na transição para subir para os profissionais, falta disputar um Mundial e grandes competições antes de dizermos que estão prontas.”