Dívidas, dívidas e mais dívidas. Sai gestão, entra gestão, muda presidente, comitê, conselho… e a história é sempre a mesma: o Santos não tem dinheiro para contratar e precisa pagar suas dívidas. No início deste ano e da gestão do presidente José Carlos Peres não foi diferente. Mesmo assim, o Santos contratou três reforços e acertou em cheio.
“O Santos tem que ser auto-sustentável, arrecadava muito menos do que gastava e ia jogando a dívida e vendendo jogador. Vendemos três grandes jogadores nessa última gestão que poderiam ter trazido títulos para o Santos. Fomos buscar Gabigol, Sasha e Dodô, três titulares, não erramos nenhuma contratação, ao passo que, na última gestão, foram mais de cento e setenta contratações e alguns sequer estrearam”, disse Peres durante a reunião do Conselho Deliberativo na noite da última segunda-feira na Vila Belmiro.
O problema é que tanto os atacantes Gabigol e Eduardo Sasha, quanto o lateral-esquerdo Dodô, estão emprestados ao Peixe até o final do ano. O presidente já garantiu que irá contratar os últimos dois utilizando as cláusulas de preço fixado presentes nos contratos. Segundo ele, os valores estão dentro da realidade e o Santos tem até dezembro para exercer o direito. Já o caso do atacante Gabigol é mais delicado. Apesar de ter uma cláusula que abre precedente para um novo empréstimo de um ano, ambas as partes precisam estar de acordo. Durante a reunião, os conselheiros questionaram o ganho do Santos com a contratação do camisa 10 da equipe.
“O ganho do Gabigol está aí. É artilheiro, está tendo uma boa performance. Veio da Europa com salário de Brasil. Foi uma negociação dura porque são chineses que tomam conta da Inter. É muito difícil tirar jogador de lá. Alegavam que o Santos ganhou 60 milhões de reais e isso equivaleria a um contrato de cinco anos. Era um desejo da torcida do Santos que reclama por reforços. Aí quando você traz um Gabigol ainda existe essa dúvida se é um ganho… Foi ganho técnico, de imagem… Os meninos estão voltando a ver os jogos, hoje os jovens jogam vídeo-game e usam camisa de time da Europa. Temos que reverter isso, pois não é bom para o clube”.
A principal queixa, no momento, é sobre a contratação de um meia de criação, o popular ‘camisa 10’. O técnico Jair Ventura ainda não conseguiu encontrar quem possa desempenhar a função dentro do elenco e segue fazendo testes. O presidente Peres viajou na última quinta-feira ao México e um dos temas que irá tratar é o jogador Lucas Zelarayan, do Tigres. O meia Caio Henrique, ex-menino da Vila e hoje no Atlético de Madrid, foi oferecido e o Santos estuda o negócio. A janela internacional para contratações fecha no dia 2 de abril.
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