Conhecido pela reatividade do seu Botafogo, o técnico Jair Ventura chegou ao Santos sabendo qual seria a primeira pergunta que lhe seria feita: o seu Santos vai jogar para frente ou no contra-ataque como era no Rio de Janeiro? O comandante santista não titubeou em dizer que seria “super ofensivo” e que não tinha o direito de fazer diferente comandando um time com a história do Santos.
A temporada começou e Jair Ventura implantou seu esquema de jogo: saiu o 4-3-3, ou por vezes o 4-2-3-1, com o qual o torcedor santista estava acostumado, para a entrada do 4-1-4-1. Jair demorou, mas entendeu que o volante Renato não serviria para atuar na segunda linha de quatro da forma como ele gostaria. Com o crescimento de Alison no entrelinhas, o capitão santista foi parar no banco de reservas. Esse é apenas um exemplo das tantas mudanças.
No entanto, nas duas partidas contra o Palmeiras pela semifinal do Campeonato Paulista, Jair entrou em campo com um esquema diferente do que usou no restante do certame: o 4-2-3-1. Com isso, Renato voltou ao time, postando ao lado de Alison na marcação e o técnico optou por Diogo Vitor (na primeira partida) como um autêntico meia-atacante, com bastante liberdade.
Após ver sua aposta para o meio ter dificuldades, Jair sacou Diogo na segunda partida e escalou um time com quatro atacantes: Rodrygo, Arthur Gomes, Eduardo Sasha e Gabigol. No 4-2-3-1 adotado, Gabigol ficava à frente e os outros três se alternavam a todo momento entre esquerda, meio e direita, dificultando a marcação adversária.
“Na verdade essa formação a gente já usou no primeiro jogo, o 4-2-3-1, entrou o Rodrygo no lugar do Diogo e a interpretação do mesmo esquema tático é diferente de jogador para jogador. O Rodrygo tem um pouco mais de mobilidade”, disse o lateral-esquerdo Dodô após a eliminação para o Palmeiras.
Dodô ainda revelou outra mudança feita por Jair para a segunda partida das semifinais contra o rival. Depois de sofrer muito com Keno e Dudu na primeira partida, o técnico santista achou uma maneira de diminuir a efetividade de ambos.
“Essa questão do externos a gente corrigiu pelo vídeo, vimos que eu estava deixando ele receber a bola largo para depois diminuir espaço. Hoje eu já estava mais perto deles, jogando mais aberto e tentar antecipar ou diminuir espaço mais rápido. Eles são muito rápidos e complicaram bastante no primeiro jogo. Foi um correção do Jair e deu certo”, explico Dodô.
Assim, o técnico Jair Ventura ganhou ainda mais opções para o restante da temporada. Enquanto não encontra seu meia de criação, o famoso camisa 10, o comandante santista vai testando maneiras de suprir essa ausência. A formação com quatro atacantes pode ser uma solução.
Jair é um grande técnico e devemos dar tempo pra ele trabalhar e amadurecer esse elenco, muito superior aos técnicos que passaram pelo Santos recentemente.
Ousado, arrojado e o principal, a base tem prioridade.
Ele podia testar o Sasha como meia atacante! É um jogador q além de ser raçudo, pensa rápido, ótimo em assistências e melhor ainda como elemento surpresa na area!
Otimo tecnico foi realmente o que aconteceu no primeiro jogo e no segundo jogo keno e dudu apareceram tanto