O que você vai ler agora é uma história de amor que teve o Santos como pano de fundo. E o amor acaba de tirar a meia Suzane Pires, de 25 anos, do time das Sereias da Vila na temporada de 2018. Casada com o goleiro Gauther Cardozo, ex-Santos B e atualmente no Nacional da Ilha da Madeira, de Portugal, a jogadora preferiu não renovar seu contrato com o Peixe, que terminou no fim do mês passado, e partirá para o país europeu em junho para se juntar ao marido e buscar um novo clube.
Os dois se conheceram quando defendiam o Santos. Ambos chegaram ao clube em 2016, passaram a frequentar a mesma igreja e foi lá que trocas de olhares os aproximaram. “Ele pregava na igreja e me chamou a atenção. Conversamos após o culto e começamos a namorar”, conta Suzane. O casamento não demorou. Em 18 de fevereiro de 2017, os dois jogadores do Santos celebraram a união.
Mas Gauther, de 26 anos, deixou o Peixe em junho do ano passado, pouco mais de três meses após o casamento. Sem espaço no Santos B, ele se transferiu para o Nacional, que lidera o Campeonato Português da segunda divisão e tem grandes chances de disputar o principal campeonato de Portugal na temporada 2018/19. Atualmente o jogador é reserva no clube de Funchal.
Desde a mudança do marido, Suzane tem feito algumas viagens esporádicas para matar as saudades, mas o amor à distância acontece mesmo via redes sociais. “Não aguento mais Facetime e Whattsapp”, brinca Suzane.
Lesão e sete meses afastada
A meia deixou o Santos num momento difícil. Depois de amargar a reserva em 2016, passou a ganhar espaço no time e conquistou a titularidade durante o Campeonato Paulista daquele ano. O bom futebol chamou a atenção do técnico da seleção de Portugal, que a convocou para disputar a Eurocopa em 2017. Nascida em São Paulo, Suzane tem dupla nacionalidade – brasileira e portuguesa –, mas optou por defender Portugal em 2015, depois de esperar uma convocação para a Seleção Brasileira que não veio.
Quando vivia um ótimo momento nas Sereias, Suzane sofreu uma grave lesão no segundo semestre do ano passado. O rompimento do ligamento cruzado anterior (LCA) a afastou dos gramados por sete meses e somente na semana passada ela foi liberada para voltar a treinar.
Agora a jogadora está arrumando as malas para viajar para Portugal para se juntar ao marido e reiniciar sua carreira em outro clube. “Tive algumas propostas, mas nada está certo. Como os clubes de lá só voltam das férias em julho, viajo em junho e espero acertar com alguém até lá”, diz Suzane, que não esconde a ansiedade.
Da Mooca a Boston, passando por Stuttgart
Suzane Lira Pires (agora Cardozo) nasceu em São Paulo em 17 de agosto de 1992. A menina sempre gostou de chutar bola e aprimorou suas habilidades jogando com o irmão, quatro anos mais velho, nas quadras do condomínio onde morava, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Com o tempo, ela passou a jogar com os meninos e aos 12 já jogava futsal no time da Sabesp, no qual ficou por dois anos.
Ela descobriu o futebol de campo no Juventus, da Mooca, que tinha uma parceria com o colégio Drummond, onde ela estudava. Foi quando seu pai recebeu um convite para trabalhar na Alemanha, país que não tem tradição no futsal. “Migrei de vez para o campo”, conta Suzane. A família Pires morou três anos e meio em Stuttgart, onde ela atuava como atacante. “No começo fiquei perdida, porque não era minha posição, mas depois me adaptei.”
Em 2010, aos 18 anos, Suzane conseguiu uma bolsa de estudos para jogar na Southern Connecticut State University, nos Estados Unidos. Lá, a jogadora se formou em administração de empresas e, em seguida, transferiu-se para o Boston Breakers, no qual se profissionalizou e atuou por um ano como meia.
Foi em Boston que Suzane conheceu a brasileira Ketlen, formada na base do Santos, que foi convidada a voltar à Vila Belmiro no final de 2015. Ketlen retornou ao Brasil e indicou sua amiga Suzane à comissão técnica das Sereias. O convite veio no início de 2016 e ela chegou ao clube em março daquele ano.
Suzane conta que teve de fazer um trabalho de adaptação ao estilo de futebol jogado no Brasil. “O (técnico) Caio Couto pediu para eu carregar mais a bola, o contrário do que eu fazia nos Estados Unidos, que era tocar a bola de primeira, com velocidade”, diz a jogadora.
Por que Portugal e não a Seleção Brasileira? Neta de portugueses, Suzane conta que quando jogava no Boston Breakers foi contatada por dirigentes da Seleção para uma possível convocação, que acabou não acontecendo. Ao mesmo tempo, por ter dupla nacionalidade, a jogadora foi convocada para defender a equipe de Portugal, e ela não titubeou. “É uma honra jogar por Portugal e disputar torneios importantes, como a Eurocopa”, diz Suzane, que já defendeu a equipe europeia 22 vezes.
Se existe algo mais belo que o amor me digam pois não conheço.
Parabéns que vocês sejam felizes!
Parabéns…Que Deus continue abençoando a união de vcs!!!!
AMOR LINDO! PAIXÃO A PRIMEIRA VISTA KKKKKKKKKKKKKKKKK,