O presidente José Carlos Peres deu entrevista coletiva nesta quinta-feira e mostrou-se tranquilo em relação ao pedido de impeachment (Crédito: Ivan Storti/SantosFC)

Três dias após protocolarem um pedido de impeachment do presidente José Carlos Peres, conselheiros de oposição voltaram atrás na posição e retiraram o pedido na tarde desta quinta-feira.

O argumento para o pedido era uma portaria assinada pelo presidente obrigando todas as contratações do clube a passarem por sua autorização, o que, em tese, fere o Estatuto do Clube pelo qual as decisões precisam passar apenas pelo Comitê de gestão.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o presidente José Carlos Peres mostrou-se tranquilo em relação ao pedido de impeachment.

“Não dá para separar alguns atos da questão da eleição. Tivemos um pedido de impeachment por 22 conselheiros, mas que não tinha qualquer base legal. Nossos advogados verificaram. A base do Impeachment é a gestão”, afirmou o presidente.

Conselheiros do clube ainda planejam um outro pedido de impeachment baseado na participação de José Carlos Peres em uma empresa de agenciamento de carreiras e transferências de jogadores, algo também proibido pelo Estatuto do Peixe.

“Em 2005,cinco santistas criaram uma empresa para captar meninos. Dessa empresa veio o Gabigol, de graça. Seis ou oito meses depois, nós vimos que ninguém tinha tempo para tocar o negócio. Essa empresa nem sequer está cadastrada na CBF, pra você fazer uma transação ela tem que estar cadastrada, isso não existe. Foi feita uma série de bombas para estourar, mas sem embasamento legal”, afirmou o presidente.

Com fala firme, José Carlos Peres garantiu que não vai mudar sua linha de trabalho devido aos opositores.

“É o choque de gestão. Fizemos grandes mudanças no clube e estamos mexendo com muita gente perigosa, mas nós não temos medo. Nosso patrão é o Santos e vamos colocar a casa em ordem”, completou.