A demissão do funcionário Felipe Nóbrega, que estava há 11 anos no clube, não passou pelo Comitê de Gestão do Santos. O colegiado pretende pedir explicações sobre a demissão em reunião que deve ocorrer na próxima segunda-feira, na Vila Belmiro, e não descarta a hipótese de readmitir o funcionário.
Nóbrega fazia parte do departamento jurídico do Santos e foi demitido pelo diretor executivo Rodrigo Gama, que tem carta branca para montar sua equipe, como ficou acordado na aprovação do novo organograma santista, baseado em quatro executivos: Ricardo Gomes, futebol, Marcelo Frazão, comunicação e marketing, Ricardo Feijoo, financeiro e administrativo, além do próprio Rodrigo Gama, jurídico.
Em evento na Federação Paulista de Futebol nesta quinta-feira, o presidente José Carlos Peres afirmou que a demissão de Felipe Nóbrega não teve como motivação o suposto erro no ‘caso Sánchez’. No entanto, durante a reunião do Conselho Deliberativo, Rodrigo Gama afirmou que o funcionário não seguiu o protocolo de inscrição de jogadores e, por isso, foi desligado do clube.
“Quando eu cheguei ao Santos, instituí protocolo de investigação de jogadores e inscrições. Se há condição ou não. De antemão ressalto, em qualquer clube do Brasil são dois departamentos responsáveis pela legalidade de jogadores. Departamento de futebol e departamento de registros. Instituí protocolo de checagem, envolvia entrevista de jogadores, com cartões pela Conmebol, sistema de gestão da CBF com verificação em clubes anteriores, havia também checagem no sistema Comet, sistema legítimo, 10 funcionalidades e precisam reconhecer, mas Conmebol não achou legítimo. Protocolo não foi cumprido pelo responsável pelo registro de transferências. Perguntei se havia cumprido o protocolo e o funcionário disse que esqueceu e chegamos onde chegamos. Foi isso que aconteceu e foi mandado embora. Foi instituído e se tivesse seguido à risca, certamente não sofreria a situação. Infelizmente, esqueceu e não fez”, disse Gama.
Expulso em sua última partida na Copa Sul-Americana de 2015, Carlos Sánchez pegou três jogos de suspensão por uma agressão a um gandula durante as semifinais. Com a anistia da Conmebol, em comemoração ao centenário da instituição, o suspensão caiu pela metade, mas mesmo assim o uruguaio teria de ter cumprido ainda uma partida e não poderia ter sido escalado diante do Independiente, da Argentina. O Santos alega que o Comet, sistema online de consulta da própria entidade, não acusava nenhuma partida a cumprir.
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