O primeiro turno do Campeonato Brasileiro está terminando. Foram 18 rodadas de pura esperança e empolgação iniciais anestesiadas por duras doses de desorganização, sufoco e pressão. Saímos dessa primeira etapa falando em números e estatísticas e isso é um legítimo sinal de desespero. Precisamos de 27 pontos para não cair, ou seja, nove vitórias nos próximos 20 jogos.

Conseguimos quatro no primeiro semestre, sendo três em casa. Ganhamos apenas do Fluminense fora de casa no Brasileirão, uma vitória que mascarou um trabalho mal conduzido e mal executado, que garantiu a permanência equivocada do treinador no comando do time. Ou seja, três pontos com pouco mérito.

O time atualmente tem dificuldade para ganhar, para fazer gols e muitas vezes até para chegar à área. Considerando a nossa realidade, três pontos longe da Vila Belmiro são quase utópicos, logo, nos próximos dez jogos em casa precisamos de forma emergencial ganhar nove. Para começar essa reação, temos o dever de sair dos confrontos contra Sport e Bahia seis pontos acima na tabela.

Eu compreendo o brilho no olho no torcedor quando pensa no pinguinho de esperança que ainda temos quando falamos de Copa do Brasil e Libertadores, mas, sinceramente, eu acho que temos problemas muito maiores com que nos preocuparmos.

Se procuramos na classificação outros times que também disputam essas duas competições, temos de dar um salto gigantesco até o oitavo lugar, onde encontraremos o Cruzeiro. Além dele, temos apenas Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Corinthians láááááá em cima nas mesmas condições, e eles com certeza vão dar preferência a alguma das taças.

Aonde eu quero chegar: times na ponta da tabela vão escolher as Copas, o Santos precisa escolher o Brasileiro. Não é questão de jogar com o time reserva, até porque nem nós, nem o Cuca sabemos qual é definitivamente o titular e qual é o reserva, mas a cabeça do torcedor tem de entender que o melhor para nós é nos preservarmos para o Brasileiro. Nem ao menos temos os nossos estrangeiros inscritos na Copa do Brasil (mesmo que um esteja machucado, um fora de forma e o outro tenhamos visto em campo por 5 minutos)…

Priorizar não é abaixar a cabeça e nem se apequenar. É ser inteligente, colocar os pés no chão e traçar um objetivo plausível e condizente.