Em meio a muita Copa do Mundo, as confusões e divergências no Santos não param, mas, pelo menos, uma decisão foi tomada pelo do Comitê de Gestão: oficializou-se a permanência do treinador Jair Ventura no comando do time.
Eu fico feliz com essa informação porque pelo menos o time definiu uma posição. O Santos nesse momento apoia o trabalho de Jair e o profissional, na teoria, tem a diretoria do seu lado confiando em sua metodologia. Estamos em três disputas de extrema relevância e dificuldade. O torcedor, com certeza, não espera títulos, mas ele não suportará mais vexames.
Eu espero que o Comitê consiga sustentar esse apoio e não ser impulsivo e incoerente se os resultados não vierem logo depois da Copa, principalmente porque de cara temos um clássico contra o Palmeiras no dia 18 de agosto.
Eu concordo que muitas atitudes do Jair foram covardes e não seguiram com o tradicional mantra utópico do “DNA ofensivo”, mas temos que enxergar que tivemos, simplesmente, os nossos melhores jogadores por muito tempo no DM. O técnico conseguiu repetir o elenco “titular” pouquíssimas vezes em 2018. Houve jogos que tínhamos no banco de reservas a quantidade mínima de atletas porque o restante estava afastado.
Só para citar alguns jogadores, esse ano tivemos a falta de:
• Victor Ferraz com dores lombares – peça sem reposição
• Alison com dores na perna direita – melhor jogador de 2018
• Lucas Veríssimo e David Braz– zaga titular
• Arthur Gomes entorse no tornozelo esquerdo – melhor reserva no ataque
• Eduardo Sasha entorse no tornozelo – nossa grande promessa do Paulista que decaiu drasticamente
Além desses, ainda tivemos a volta do Vitor Bueno abaixo da média que não jogava desde o meio de 2017, e claro, nosso melhor jogador de 2017 se lesionando na primeira rodada do paulista. Jair Ventura escalou Bruno Henrique durante um jogo inteiro em sua gestão apenas uma única vez. Sem contar Luiz Felipe, Yuri Alberto, Vecchio e Copete que também passaram pelo departamento médico.
Concluindo: do time considerado titular, apenas Vanderlei, Jean Mota, Rodrygo, Gabigol e Dodô não se machucaram esse ano. Sendo que, Rodrygo e Jean Mota conquistaram a titularidade ao longo da temporada. Não estou querendo defender Jair Ventura, até porque em muitos momentos duvidei do seu trabalho, mas quero expor as adversidades que ele enfrentou.
Temos agora Abel, Zé Ricardo, e o “fantasma” de Dorival Junior desempregados, espero que sirva de incentivo e dê força de vontade para o nosso treinador. Não vamos mais tolerar a desculpa da falta de tempo para treinar e nem a falta de dinheiro nos cofres para reforços, os jogadores estão de férias desde o dia 11 e parte do dinheiro de Rodrygo (em torno de 20 milhões) não vai demorar para cair, além de possíveis negociações como Veríssimo e Felipe Anderson.
O segundo semestre se iniciará favorável ao time da Vila, falta saber como iremos aproveitar esse momento.
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