Nos três últimos jogos o torcedor do Santos passou por uma verdadeira montanha russa de sensações em relação ao verdadeiro potencial da equipe. Na vitória sobre o Ceará, na estreia no Brasileirão, o Santos fez um primeiro tempo ruim e um segundo tempo bom. Na derrota diante do Bahia foram dois tempos ruins e na vitória sobre o Estudiantes foram 90 minutos muito bons.

A irregularidade dificulta projeções sobre as possibilidades reais da equipe na temporada e é até algo natural para um time ainda em formação, mas uma coisa fica bem clara para todo mundo: um meia como Paulo Henrique Ganso ou Diego mudaria o patamar da equipe.

O Santos precisa de um organizador de jogadas, um cara capaz de assumir a responsabilidade, colocar a bola embaixo do braço (dos pés, é claro) e decidir os jogos importantes. Diego foi esse cara em 2002 e 2003 e Paulo Henrique Ganso foi em 2010 e 2011.

Os dois hoje são jogadores possíveis. Diego não atravessa bom momento no Flamengo, é cobrado pelos torcedores e poderia ter uma saída facilitada. Ganso nem treina com os companheiros no Sevilla e o clube busca um clube para negociá-lo na janela do meio do ano.

Ambos são jogadores com salários altos, mas com boa identificação com o Santos. E salário alto, nesses casos, não é custo, mas investimento. Com eles o Peixe pode sonhar com o tetra da Libertadores, com os R$ 50 milhões de premiação pelo título da Copa do Brasil ou com mais uma conquista de Brasileiro. Sem eles, difícil esperar uma grande conquista em 2018.

Entre os dois, prefiro o Diego. Está jogando (mesmo que sem brilhar) e tem mais dinâmica que o Ganso, mas a torcida deve buscar qualquer um dos dois no aeroporto se a contratação for confirmada.