Com o empate contra o Botafogo e o fim da possibilidade de conquistar uma vaga na Copa Libertadores de 2019, o ano do Santos acabou. A equipe apenas cumpre tabela nas partidas contra Atlético-MG e Sport nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro.
A temporada só não foi pior porque o marketing salvou o Santos. Não só pelos inúmeros patrocínios e parcerias fechadas desde a chegada do executivo Marcelo Frazão, mas também por conseguir, em um momento chave na temporada, conectar os torcedores e o time.
Sim, a média de público não melhorou, a grande maioria das partidas do Peixe ainda teve renda quase que irrisória, os problemas com venda de ingressos e programa de sócios continuam, mas o marketing salvou o Santos do que seria um inédito e vexatório rebaixamento.
Quando abraçou o pedido dos torcedores e aderiu ao #reageSantos, reduzindo o preço dos ingressos nas partidas do clube, o marketing acertou em cheio. O reflexo foi para o campo e, com a Vila praticamente lotada, o Peixe venceu Bahia e Sport. Seis pontos fundamentais no atual cenário do clube. Se tivesse perdido esses dois jogos (e o clube estava havia 8 jogos sem vencer na época), o Santos estaria hoje na 14a colocação, com 41 pontos, empatado com o próprio Sport e correndo sério risco de rebaixamento.
O marketing salvou o ano do Santos, mas o público baixo dos últimos jogos mostrou também que o campo na maioria das vezes precisa ser o combustível para todos os setores do clube e conexão com os torcedores. O marketing tem a missão de capitalizar, mas não pode ser a solução como aconteceu nessa temporada.
Diante disso, o cenário para 2019 parece desanimador. O presidente ainda não entendeu qual a sua função e continua se metendo em tudo e dando uma entrevista pior que a outra. O executivo de futebol, apesar do enorme caráter e apreço pelo clube, nunca trabalhou na função, o técnico que ajudou a recuperar o time vai sair, o artilheiro do campeonato não vai ficar, o dinheiro de uma das maiores vendas do futebol brasileiro acabou, a base teve um dos piores anos de sua história, uma das principais promessas do clube está brigada com a diretoria, jogadores que terminaram 2017 como destaques (como Vanderlei e Bruno Henrique) estão sendo questionados e o Santos ainda terá de encontrar clube para mais de uma dezena de atletas que estavam emprestados e retornam em janeiro.
A única esperança do torcedor santista é a velha mística de que o clube, nos piores momentos, sempre encontra uma saída. Tomara que isso se repita na próxima temporada.
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