O Santos de Jorge Sampaoli é um time que corre muitos riscos. Com uma tática ofensiva, com a linha alta na defesa, zagueiros quase sempre no campo do adversário, o time pode sofrer (e já sofreu) com os contra-ataques de equipes que entram em campo apenas para se defender e jogar por uma bola.
Com uma equipe ainda em formação, os riscos parecem ainda mais claros, como aconteceu na vitória por 3 a 2 sobre o Oeste. O Santos em grande parte do jogo esteve mais perto da derrota do que de conseguir os três pontos, que vieram apenas no último lance do jogo.
Com o tempo, no entanto, a tendência é esse risco diminuir. Everson deve virar titular em breve. Não só pela habilidade de jogar com os pés, mas por ser mais rápido que Vanderlei e ter uma leitura boa para sair na cobertura dos zagueiros nas bolas longas (como faz Neuer na seleção da Alemanha).
Zagueiros, aliás, que devem virar três e não apenas dois quando Luiz Felipe e Lucas Veríssimo voltarem aos trabalhos normalmente. Os dois são rápidos e podem reagir bem nesses contra-ataques, como tem reagido bem Felipe Aguilar, que cresceu de produção nos últimos jogos.
Com três zagueiros, não teremos mais Yuri no time. Sampaoli viu em Yuri um jogador que tem qualidade para encontrar um passe entre as linhas e achar os meias em boas condições. Isso ele realmente consegue fazer. Mas o técnico já deve ter percebido também que ele não marca, não ganha dividida, não finaliza de fora da área, não infiltra como elemento surpresa. Difícil explicar como está há três anos no clube.
Victor Ferraz, que divide opiniões, fez um gol e uma assistência contra o Oeste. Felipe Jonatan fez uma boa estreia e Jorge está vindo aí. Nas laterais temos jogadores melhores ou do mesmo nível que os rivais.
Jean Lucas parece melhor a cada jogo. Temos ainda Carlos Sánchez, é verdade que em um momento um pouco abaixo do que mostrou em 2018, temos Diego Pituca, temos Jean Mota e Cueva, que mesmo sem brilhar tem se esforçado e mostrado o comprometimento que os torcedores tinham preocupação.
No ataque ainda falta um nome e um pouco mais de Rodrygo, do fenômeno da base que encantou o Real Madrid, mas Derlis González está em grande fase.
O time ainda vai melhorar, deve provocar fortes emoções nos torcedores e seguirá correndo riscos.
Um deles é um risco que não corremos em momento algum na última temporada com Jair Ventura e Cuca.
O risco de ser campeão!
#FechadoComSampaoli
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