Nossa colunista Isabel Nascimento, a Imparcialmente santista, não vai mais sair de férias (Crédito: Arquivo pessoal)

De volta para a realidade, eu me sinto no primeiro dia de aula escrevendo a famosa redação sobre como foram suas férias. Como de costume, eu peguei 30 dias no trabalho e tentei aproveitar o máximo para viajar e descansar.

Durante o jogo contra o Athletico eu estava esperando meu voo no aeroporto. Eles com um time misto, o Santos vindo de uma vitória fora de casa, jogo feio, reclamações de cera, pênalti duvidoso e Uribe mais duvidoso ainda. Mas, pelo menos, aquele golzinho no fim da partida era como um respiro de alívio, Alison naquela época ainda acreditava no título, Marinho dizia que tínhamos o melhor futebol do Brasil, Maurine confiava na recuperação do time e sereinhas estavam invictas… bons tempos.

Fui visitar o famoso Parque dos Príncipes – infelizmente fechado para tours – e a loja do PSG, naquele momento sem nem um mísero vestígio de Neymar, nem uma imagem, uma camisa, nada. É incrível como futebol vive de momento e jogador de gols, agora a loja inteira já tem itens do craque.

“Final do campeonato”, Flamengo x Santos, eu estava receosa do time se apavorar, abrir demais e sofrer com o ataque rubro-negro. Naquele momento eu estava em um navio sem nenhum tipo de sinal… confesso que fiquei até um pouco feliz que não ter assistido o Gabriel com aquela camisa e ainda colocando a bola na rede. A manchete do Diário era “Sampaoli elogia postura do Santos”, me acalmei um pouco com as resenhas sobre o jogo, mas a falta de força de reação se evidenciada ainda mais.

Felipe Jonathan vestindo a amarelinha e boa venda de ingressos para o jogo contra o Grêmio, foi dessa forma que entrei no avião naquela noite. Pousei em São Paulo, peguei o celular: Renato Gaúcho exalta seu estilo de jogo. Meu pai logo disse que o resultado era enganoso, preferi acreditar nele e não pesquisar mais.

Santos somando 5 pontos nas últimas 7 rodadas, Sereias eliminadas pelo São Paulo, Evandro com edema na coxa, Sampaoli criticando categoria de base, Sereinhas eliminadas, Jobson insatisfeito, Gustavo Henrique não sabe como explicar a fase e nem a camisa aguentou a crise e vazou também… resultado: desorganização, 2 pontos perdidos contra o Fluminense, terceira colocação, 11 pontos atrás do líder, maior sequência sem vitorias do Sampaoli e uma previsão de pior público do ano contra o CSA – não vou nem comentar o episódio Cueva.

Conclusão: prometo nunca mais sair de férias.

É nítida a necessidade de volta por cima, temos peças e comando – continuo fechada com Sampaoli – precisamos de organização e foco. Temos uma sequência de jogos acessível para uma reestruturação podendo até espantar a crise com uma boa vitória no clássico contra o Palmeiras, o momento é crucial para o time decidir se vai afundar e jogar fora um primeiro turno muito bom ou se reerguer e continuar na disputa pelo menos pela conquista de um G4 tranquilo.