Estamos apenas no início dos trabalhos de 2019, mas eu já posso afirmar que mesmice, apresentações apáticas e falta de emoção não farão parte das partidas do Santos neste ano. É até engraçado pensar que nenhum santista em 2018 acreditaria no momento que estamos vivendo e nas peças que o compõem.
Em meio a Zé Ricardo, Abel e até Dunga, surgiu Sampaoli. Eu jamais imaginaria o ex-técnico da seleção argentina na Vila Belmiro, seria inviável crer que dentro da bagunça do comando do Santos alguém teria a capacidade de oferecer um contrato atraente para alguém de um nível tão diferenciado. Mas cá está o homem, estreando no campeonato estadual com uma artilharia não vista desde a Era Pelé.
Mais chocante do que isso é pensar no nome-chave dessa artilharia: Jean Mota, maior goleador do Paulista, com cinco gols, titular absoluto e homem de confiança do treinador argentino. Falando nisso, técnico estrangeiro no comando de um clube de ideias tão conservadoras… Outra novidade. “Como será que ele vai se comunicar com os atletas?”, era o nosso receio. Simples: faremos com que quase metade do time fale espanhol, e hoje o Santos é quase metade base e metade estrangeiro.
Base brilhando e Santos indo bem no Paulista é rotineiro, mas tomar 5 a 1 do Ituano e depois fazer sete na Copa do Brasil com certeza foge dos padrões. Orinho e Matheus Ribeiro no time? Eu nem me lembrava deles. Vanderlei no banco? Na minha cabeça, era titular inquestionável. Sasha irregular e sem ritmo de jogo? Bom, tudo bem, por essa eu já esperava.
Como se não bastasse tudo isso, apresentamos um futebol ao mesmo tempo característico e novo ao costume do santista. Voltamos a ter muita posse de bola, mas agora marcamos lá no alto, pressionamos a saída de bola, nosso jogo é na área deles e muitas vezes temos três zagueiros em campo. Aliás, contratar um defensor não estava nas minhas prioridades para 2018… Outra surpresa. Aguilar ainda não está em total sintonia com os companheiros, mas Luiz Felipe encaixou-se perfeitamente nesse sistema e é prazeroso de assistir.
Por fim, Cristian Cueva. R$ 26 milhões, segunda contratação mais cara da história do clube. Por essa eu realmente não esperava, nem de longe. Não posso negar que fui contra a contratação, porém espero com todas as minhas forças que ele faça valer o investimento e supere todas as expectativas.
Nesta semana tem Santos de novo em campo, nessa maratona insana de jogos e campeonatos. Por muito tempo eu sabia exatamente o que esperar dos jogadores e da performance no gramado, mas agora qualquer placar final é possível. O som do apito faz com que o coração bata forte, um sentimento misto de empolgação e preocupação, é assim que se torce para o Santos agora.
E eu estou adorando isso.
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