Sempre fui fã dos terceiros uniforme dos clubes, principalmente do Santos, clube que eu torço desde infância. É preciso sempre ter respeito pelas cores da instituição, mas é preciso também abrir a cabeça com novas ideias, que tragam receitas e originalidade ao clube.
Saudoso que sou da década de 90, assim como “testemunha de Giovanni”, pirei quando naquela época o clube lançou os calções quadriculados (esse em duas versões) e estrelado. São itens raros hoje que todo colecionador santista sonha em ter. Ficava naquele tempo sonhando quando o futebol brasileiro teria a coragem de inovar como faziam os clubes europeus. Demorou um pouco, mas a moda da terceira camisa chegou no Brasil anos depois.
No Peixe, camisa azul clara, azul escura, amarela, dourada, sempre gostei de todas até conhecer a preta. Tradição mantida, para quem é conservador, com uma história criada pelo departamento de marketing que empolgou e emocionou não só os santistas, mas o Brasil. O clube de branco e de preto, que história! Talvez tenha sido a maior jogador do clube esse ano após a contratação de Jorge Sampaoli.
Mas, acima de tudo, eu acredito que o terceiro uniforme tem um ideal ainda mais forte que qualquer campanha de marketing: fazer o clube jogar padronizado, de uma forma que todos o reconheçam. No caso do Santos, se ele não pudesse jogar de camisa branca ou listrada, jogaria de preto, aí a combinação do shorts e meião precisa ser analisada de acordo com o adversário. Esse era o meu sonho, mas ultimamente vivo é um pesadelo quando vejo o “meu Peixe” jogando de Corinthians.
Não sei vocês, mas me irrita profundamente ver o Santos jogando de camisa branca com calção e meião pretos. Não posso dizer que esse não é o meu Santos, pois sou Santos de qualquer forma, mas me faz refletir primeiro a necessidade então do terceiro uniforme? Só nesse Brasileirão foram três jogos vestidos assim, maneira que torço o nariz só em ver o time entrar em campo.
Não sou historiador e não sei dizer se já ganhamos títulos vestidos assim. Sou supersticioso (até demais) e gritaria campeão vestido até de verde, pois o escudo do Santos está acima de tudo, mas jogar como o Corinthians eu não quero jamais, seja no sistema de jogo defensivo de Carille, seja apenas na mesma identidade visual do uniforme.
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