O ano de 2020 ficará marcado na história como o ano em que nossa geração enfrentou uma pandemia. O coronavírus chegou e mudou nossa rotina, nossa forma de trabalhar, o modo como nos relacionamos, o modo como pensamos e como agimos (ao menos deveria).
Mas 2020 também será lembrado como o ano em os comentaristas esportivos e até mesmo alguns torcedores aprenderam uma grande lição: nunca duvide do Santos.
A nossa camisa é pesada demais. Não à toa que paramos uma guerra, que somos o brasileiro mais conhecido do mundo, o time das Américas no Século XX.
O Santos é uma fênix.
Quando acham que o time vai acabar, que nunca mais vai ganhar um título importante, surge um garoto negro, franzino, que com sete pedaladas humilha o maior rival e levanta o Brasileiro.
Quando falta dinheiro, sobra talento, muitas vezes descobertos na nossa imensa fábrica de craques e conquistamos a América pela terceira vez.
Quando presidentes tentam, em sequência, aumentar nossas dívidas com contratações sem sentido e péssimas decisões administrativas, que deixam o clube sem poder fazer contratações, apresentamos ao futebol brasileiro não só um, mas dois goleiros de primeiro nível.
Quando os comentaristas apontam o Santos como candidato ao rebaixamento, o time vai lá, na base da união, e se coloca entre os primeiros colocados na classificação.
Quando o coronavírus pega grande parte do elenco de uma vez, o técnico vai para o hospital, o time joga na altitude como se estivesse brincando na praia e repete feito conseguido apenas nos tempos de Pelé e encaminha vaga para as quartas da Copa Libertadores.
Esse é o nosso Santos e, em 2020, o Peixe está mostrando que não se deve duvidar dessa camisa.
É uma camisa pesada demais.
É uma camisa que joga sozinha.
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