As eleições santistas estão chegando e o sócio tem o direito e a obrigação de consumir boas informações sobre os candidatos. Depois de escrever sobre Andres Rueda, nesse texto contarei um pouco sobre a minha visão do publicitário Ricardo Agostinho.
Eu conheci o Ricardo ano passado em um evento da Embaixada do Santos em São Paulo em que eles trouxeram o senhor Pepe para conversar e ter um contato com o torcedor. Por um convite do Diário do Peixe, eu pude entrevistar o ídolo santista e foi um dos momentos mais emocionantes da minha carreira.
Agostinho é uma pessoa claramente apaixonada pelo clube. Ele olha para o Santos Futebol Clube a partir de uma visão do torcedor da capital, entende seus anseios e necessidades, mas me pergunto apenas se a política santista – que sempre foi algo tão provincial – daria espaço para alguém como ele colocar suas ideias modernas.
Ao entrevistá-lo, ele contou um pouco sobre o seu trabalho por quase três anos a frente Embaixada e da necessidade delas. Existem embaixadas santistas pelo Brasil inteiro e tenho certeza que, agora com o voto online, a gente consiga transformar as eleições em algo muito mais justo e democrático.
O incentivo às embaixadas deveria angariar mais sócios para que o torcedor se sentisse acolhido e representado, ao vermos os míseros 25 mil Sócios Rei percebemos que ainda há muito o que fazer. Sobre esse assunto Ricardo exalta o retrocesso santista perante a outros clubes da Série A e enxerga que é possível copiar boas gestões – como do Bahia, que hoje tem mais de 44 mil sócios.
Sabemos que a opinião do Santos nas redes sociais é o oposto das atitudes externas, vivemos uma sequência de gestões temerárias e conservadoras. Ricardo apontou a dificuldade de manter um diálogo com a gestão atual e da insistência na centralização de decisões em poucas pessoas – ele promete ser um presidente acessível independente do momento do clube e não desativar sua conta no twitter em nenhum momento.
Sobre a ampliação do futebol feminino, Agostinho tem a ideia de colocar os jogos das Sereias antes do masculino para familiarizar o torcedor com as jogadoras e fazer com que a mulher santista se sinta mais representada. Além disso, depois do desastre que foi o ano de 2020, o santista tem o direito de cobrar o próximo gestor para uma melhora da qualidade da modalidade, pelas palavras do candidato esse investimento é simples e barato de se fazer (assim esperamos).
Ricardo afirmou durante a entrevista “tenho certeza que o Presidente não sabe o valor da dívida”. Para ele um dos primeiros passos para sair da beira da falência é organizar a base, até para que se evite o gasto com contratações ruins e valorize as futuras vendas. Ele vê na categorias de base a melhor forma de ressurgir o clube.
A entrevista com ele foi positiva e, caso seja eleito, há inúmeras maneiras do torcedor cobrar suas promessas eleitorais e até mesmo a sua participação nas redes sociais e a boa relação com os veículos de comunicação. Boa sorte ao candidato e fiquem ligados na coluna para mais análises!
Segue o vídeo da entrevista:
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