Santos venceu os dois últimos jogos (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)
Segunda-feira, dia 25 de outubro. Dois dias depois de o Santos perder para o América-MG, na Vila Belmiro, os torcedores fazem as contas contra o rebaixamento para a Série B, compram sal grosso, pagam ingresso para o vidente ir pro estádio e assumem o desespero pelo momento do clube.
Segunda-feira, dia 1 de novembro. Dois dias após o Santos vencer o Athlético-PR, em Curitiba, alguns santistas já fazem contas para conquistar uma vaga na Copa Libertadores de 2022 e se preparam para comprar ingressos para o clássico contra o Palmeiras.
O humor dos santistas mudou drasticamente em apenas sete dias.
Sérgio Britto, um dos autores da música “A melhor banda de todos os tempos da última semana”, dos Titãs, só poderia mesmo torcer para o Santos. Aliás, a melhor banda de rock brasileira de todos os tempos (e não apenas da última semana) só poderia ser formada mesmo por uma maioria de santistas (Além de Brito, Tony Belotto e Paulo Miklos também torcem para o Peixe).
Olhem esse verso:
“O ilustre desconhecido
É o novo ídolo do próximo verão”
Não serve para Robson Reis, o zagueiro que ressurgiu do nada e ajudou o Santos e não sofrer gol em dois jogos, contra o Fluminense e o Athlético-PR, ao lado de Danilo Boza?
Talvez a idolatria não se sustente até o próximo verão, é verdade, mas o Santos da última semana não foi o melhor de todos os tempos, mas foi o melhor em muito tempo.
Fabio Carille parece ter encontrado um esquema tático, os jogadores parecem ter entendido o que é defender a camisa do Santos e estão jogando com alma e isso teve um reflexo importante na relação com o torcedor.
Além disso, a diretoria agiu e tomou decisões importantes extra-campo, como as saídas de André Mazzuco e Jorge Andrade e a contratação de Edu Dracena.
Time, diretoria e torcida juntos podem transformar um ano que estava quase perdido no primeiro ano da tal reconstrução.
“Quinze minutos de fama
Depois descanse em paz”.
Esperamos não precisar mais do vidente ou do homem do sal grosso.
O Santos tem cinco pontos a mais que o primeiro time na zona de rebaixamento e quatro pontos a menos que o primeiro que conseguiria vaga na Copa Libertadores se o Athlético-PR não ganhar a Copa do Brasil ou a Copa Sul-Americana.
Os dois próximos jogos são na Vila Belmiro. Teremos reforços de jogadores que estavam no Departamento Médico e de Zanocelo e Marinho.
Nas minhas contas, precisamos de 18 pontos nas 9 últimas rodadas para o G9.
Acho que dá!
#Empolgou
Antes de mais nada, há controvérsias acerca dos Titãs, pessoalmente não gosto muito, mas enfim…
Quanto ao que interessa, vamos com calma, jogo a jogo, e o que vier é lucro, só o fato de não ser rebaixado já vale o ano, dadas as circunstâncias.
O importante é o Santos terminar o ano de maneira digna.
Caso ocorra uma eventual classificação à libertadores, já que meio campeonato se classifica, quem não briga contra o rebaixamento vai pra libertadores, uma bagunça, bom, do contrário, bom também, temos que avaliar que entrar em uma pré-libertadores é uma grande armadilha, pois caso não se classifique, a primeira crise do ano estará instalada logo no inicio da temporada.
De todo modo, o foco deve ser fortalecer não só o elenco, mas toda a estrutura do clube como um todo para que em 2022 o Santos possa ser competitivo nas competições que disputará, com libertadores ou não.