Antes de você começar a ler esse texto, preciso pedir para que você se abra para uma opinião diferente da sua. Ao final, você não precisa concordar, é claro, mas tampouco precisa xingar a autora. Vamos com calma, é uma opinião, sem intenção de impor nada.
Na segunda-feira (10), Fernando Diniz foi apresentado como treinador do Santos Futebol Clube. A coletiva de imprensa foi um pouco estranha – para não dizer outra coisa. Parecia que alguns jornalistas, que pouco tem contato com o clube no dia a dia, estavam ali para aproveitar.
Mas, aproveitar o que? A oportunidade de criticar o novo treinador do Santos, de dizer que seus métodos são duvidosos, que sua trajetória é de fracasso.
Isso aconteceu dentro e fora da coletiva. Mesmo antes de estrear (em um jogo pra lá de difícil, contra o Boca na Libertadores), Diniz já começou a ser criticado, justamente por não assumir o Santos contra o São Bento, um jogo decisivo que poderia sacramentar um descenso inédito da equipe. Nada aconteceu ainda, mas o treinador já foi chamado de medroso.
Falando sobre torcida, é claro que já tem santista criticando horrores o treinador, que ainda nem fez o primeiro jogo no banco de reservas do Peixe. E eu fiquei me perguntando: por que raios tenta gente tem essa raiva toda do Fernando Diniz? Um amigo que foi setorista do São Paulo por anos bem me disse: Fernando Diniz não tem críticos, ele tem haters. Ele tem gente empenhada em odiá-lo e difama-lo. Por que isso acontece?
Será que é porque o time dele às vezes perde a bola na defesa e toma gols assim? Não… Porque ninguém odiava o Cuca dessa mesma maneira, e o time dele tomava gol de bola parada jogo sim, jogo também.
Será que é pela ofensividade, que pode deixar o time um pouco exposto? Não… Porque Jorge Sampaoli já fez isso no Santos e era muito amado pela torcida.
Então… O que será? Minha hipótese veio ouvindo um podcast que adoro, o Rodada Tripla, da Ana Thais Matos, Amanda Kestelman e Barbara Coelho. No episódio 80, desta segunda-feira, elas falavam sobre o Luan, jogador do Corinthians, a queda de rendimento do atleta. Em um certo momento, comentaram que o clube não oferece ajuda psicológica ao time masculino e que isso é muito comum no meio. No geral, é mais difícil que homens procurem terapia e, quando procuram, escondem.
Procurar ajuda psicológica vai no caminho oposto da masculinidade tóxica, tão presente do futebol. No mundo da bola, é difícil achar alguém que vá no caminho contrário da virilidade. O torcedor médio gosta do treinador “raiz” – não à toa a padaria pede Marcelo Fernandes efetivo -, gosta do rojão na casa do técnico que não ganha clássico, de pichar o patrimônio do clube.
Fernando Diniz é justamente o oposto. Formado psicólogo, ele chegou no Santos falando do lado humano no futebol. Ele sempre foi assim, sempre acreditou em uma metodologia clara de jogo, mas que passa por trabalhar o ser humano, além do jogador de futebol. Pode dar certo e poder não dar, mas as críticas já começaram antes de a gente saber se terá resultado.
E a oposição, os viris, já chegaram fazendo barulho, diminuindo a “hombridade” de Diniz, chamando de fracassado, de medroso. Eu temo que, com vontade de gerar manchetes, o Santos se torne assunto porque os críticos de Diniz não vão desistir facilmente.
Esses mesmos esperaram o momento mais oportuno, a briga com Tche Tche, para questionar: “É psicólogo, né? Tô vendo como entende de gente”, e afins. Eles esperaram o momento certo para colocar em xeque a capacidade de Diniz de lidar com os jogadores treinados por ele – isso não quer dizer que ele não errou, mas deixa no ar a dúvida se teria a mesma proporção com outro treinador.
E isso é primitivo, é tosco. Porque a ajuda, o apoio psicológico é, sim, importante para o desenvolvimento de um jogador. Em entrevista ao Alvinegras da Vila, Lucas Braga, jogador essencial para o time do Santos, falou sobre isso. Ele contou que procurou a ajuda de um profissional para lidar com as críticas, feitas de forma dura e cruel quando chegou ao Santos. Desde então, ele fez das críticas combustível e cresceu como jogador.
Ele não precisa falar disso sempre, mas fala quando questionado. E mostra quão humano é. O jogador de futebol, tão exposto, que, infelizmente, é ameaçado constantemente, que está sempre sob pressão, precisa de ajuda para lidar com um ambiente tão tóxico. E não me venham com “ganha bem demais pra ter problemas”, isso não existe. Todo mundo pode ser melhor com ajuda.
Diniz, ao trazer à tona o lado humano do futebol e a necessidade do apoio psicológico coloca em dúvida a lógica machista de que futebol é “coisa de homem” e “homem de verdade” não precisa de terapia ou de ajuda. Isso incomoda demais.
Excelente texto, parabéns e vamos torcer para que dê muito certo o trabalho do Diniz
Para tecer um comentário, primeiro temos que ver e acompanhar os cinco jogos primeiro. Aí sim vamos elogiar ou criticar
É isso…parabéns!
Excelente, exprime de forma contundente o que penso sobre o assunto. Na minha humilde opinião, o Diniz deu certo por onde passou, faltou o título, que tá amadurecendo e quem sabe virá agora no Peixe. E outra, qtos técnicos já ganharam títulos e hoje estão obscuros? O Diniz desenvolve jogadores individualmente e coletivamente e há de nos dar muitas alegrias vendo esse time jogar. Se vier algum título, melhor, se não, tá valendo.
Boa sorte DINIZ!!!
Mais é isso mesmo, se vai dar certo não sei, torço pro sim, agora o Santos, que era ignorado pela Midea, vai ser mto falado, principalmente pelo Corintiano doente (NETO) ATE PELA ANTIPATIA COM O TREINADOR!
Um texto feito por uma feminista que odeia homens, isto o texto deixou bem claro. Pobre nos argumentos, tentou o tempo todo atacar homens e masculinidade. Vc deveria ser comentarista apenas das coisas das mulheres, talvez o conteúdo teria sido mais robusto e com pontos mais cerebral, pois este testo só me mostrou que vc é feminista esquerdista que odeia homens. Estranho pois feminista gays presisarsm de um homem e uma mulher pra existirem, só que depois que estão vivos e criados querem desconstruir a mulher e o homem. Hipocrisia? Não fanatismo e burrice mesmo aliada ao mau caratismo.
Parabéns pelo texto, pelas colocações, penso que essas pessoas que só sabem criticar, estão onde estão porque caíram de para quedas e não por méritos.
Vamos torcer pelo Diniz, pelo SANTOS, quede certo.
Quem só crítica não é e nunca foi santista.
SANTOS SEMPRE.
Porra claudimir, vc só falou merda, eu odeio a esquerda, odeio o feminismo e odeio o machismo, mas nada disso importa, o que ela falou tem toda razão, os jogadores não procuram ajuda psicológica, mesmo necessitando, temos exemplos de que isso ajuda e muito, então porque não procurar, agora quanto a Diniz, vamos esperar pra ver, mas tem que contratar, mesmo porque agora ele está num time grande kkkk
Belo texto Anita, o fato é vestiu a camisa do Santos, eu torço e respeito. Espero muito que ele tenha sucesso, para nossa alegria, e quanto a estrear apenas na terça feira, que seriyma pedreira, creio ter sido decisão da diretoria. Diniz pode ser tudo, menos medroso e covarde, só pra descontrair até trocou soco com o Galeano
Excelente texto!! Parabéns Anita.
Excelente análise. Nada feminista ou coisa assim, apenas um retrato da realidade ruim que vivemos. Torço para que pessoas,com esta visão de mundo, triunfem. Torço, ainda mais, pelo sucesso do Diniz.
Excelente opinião.
Anita Efraim, excelente texto.
Parabéns.assino embaixo
Pelo que vejo, a maioria das críticas ao Diniz está ligada ao futebol mesmo. Não gostam do estilo de jogo que ele propõe, de toque de bola e saída sem dar chutão (crítica da qual discordo MUITO, inclusive). Pode ser que esse lado dele retratado no texto influencie também, mas acho que menos.
No fim das contas, acho que o que quebra o Diniz é não ter conseguido taça. O torcedor brasileiro é resultadista acima de qualquer coisa.
Excelente texto, parabéns. Infelizmente, o torcedor reflete a média do idiota brasileiros. A bola é só uma das maneiras que o imbecil expressa sua ignorância. O Conhecimento, para essa horda de bárbaros, é sinônimo de frescura. Diniz foge ao padrão padaria e paga por isso. Mais uma vez, parabéns pelo texto.
É muito simples:
Resultado!
O Fernando Diniz não apresentou resultado até agora na carreira.
Eu fui totalmente contra a sua contratação, mas agora que está lá, torço pra que dê encaixe e ele consiga as glórias que ainda não teve e que o Santos precisa resgatar.
Mas precisa unir a teoria e a pratica, sem competitividade, ninguém aguenta, o torcedor quer ver o time vencer.
Sem resultado, continuará sendo criticado, sempre!