Renato em seu último jogo como atleta profissional. Classe dentro e fora de campo (Crédito: Santos FC)
Alô Amigos do Urbano.
O último episódio do podcast Amigos do Urbano foi sobre Renato. Ou Renatinho. Nós, como vimos ele em ação 424 vezes com a camisa do Santos, somos íntimos e o tratamos pelo apelido diminutivo algumas vezes.
O meio-campista viveu vários momentos distintos pelo Peixe desde os mais difíceis, como a eliminação no último minuto na semifinal do Paulistão de 2001, até os momentos mais gloriosos como títulos conquistados e o respeito do torcedor alvinegro. Em comum a todos estes momentos a maneira que Renato se comportou dentro e fora dos gramados, sempre com elegância e refinamento, o que fez a torcida brincar, dizendo que o craque jogava de terno.
Renatinho chegou ao Santos em 2000 após passagem de destaque pelo Guarani, clube em que foi revelado. Aos poucos foi chamando a atenção dos comandantes alvinegros, mas demorou até se firmar como titular absoluto. Sua estreia no Peixe ocorreu em amistoso sem gols contra o São Bento, em Sorocaba, pouco antes do início do Brasileirão.
Naquele ano o Santos estava recheado de medalhões no elenco e Renato alternou momentos de destaque, quando disputou 16 partidas seguidas, e momentos em que ficou no banco, principalmente quando Carlos Alberto Parreira assumiu a equipe. No ano seguinte Renato fez o primeiro de seus 33 gols com a camisa santista. A chegada com qualidade no ataque era uma das características do atleta que por vezes jogava mais avançado e não como volante, posição em que mais fez sucesso pelo Peixe.
Outro importante gol de Renato foi na fatídica semifinal do Paulistão de 2001. Foi do camisa oito a cabeçada certeira que morreu nas redes do goleiro corintiano Maurício. Seria a consagração de um jovem talento, se o Santos não tomasse um gol de Ricardinho já nos descontos. A traumática eliminação deixou cicatrizes, mas também deu experiência a nomes como Fábio Costa, André Luis, Léo, Paulo Almeida, entre outros jovens que no ano seguinte conheceram a glória pelo Santos.
E esta glória alcançada no dia 15 de dezembro de 2002 deve-se muito ao nível que Renato apresentou, sem antes passar novamente por momentos difíceis como a eliminação precoce de todas as competições do primeiro semestre daquela temporada. No Brasileirão, Renato encontrou seu melhor futebol. Foi constante a ponto de jogar todos os minutos das 31 partidas do Peixe no certame. E sem levar nenhum cartão amarelo, fato pouco comum tratando-se de um jogador com funções defensivas também.
Jogador virou ídolo na Vila Belmiro (Crédito: Santos FC)
Se Diego e Robinho resolviam na frente, a bola passava pelos pés de Renato. Como a bola do segundo gol da primeira final, tocada com classe por Renato para encobrir o goleiro Doni e colocar o Santos com dois gols de vantagem na decisão. No segundo e derradeiro jogo, Renato foi um dos únicos a manter a calma nos momentos mais tensos e participou diretamente da jogada do gol de Elano, o segundo do Peixe na decisão.
Em 2003 Renato se consolidou junto com o restante da equipe. De surpresa, o Santos passou a ser o time da moda. Os vice-campeonatos da Libertadores e do Brasileirão não tiraram o brilho da temporada do meio-campista. Em 2004, já na seleção, Renato participou de poucos jogos da campanha vitoriosa no campeonato nacional e arrumou as malas rumo a Sevilla. No clube espanhol viveu grandes momentos e faz parte de um processo de crescimento da equipe, culminando com títulos nacionais e continentais.
Quando resolveu voltar ao Brasil, em 2013, Renato só foi procurado oficialmente pelo Botafogo, onde atuou com destaque por duas temporadas antes de voltar ao Santos, seu clube de coração. No Peixe ainda teve tempo de levantar duas taças estaduais sendo relevante e jogando um futebol vistoso, com tarefas mais defensivas, mas não menos importantes.
O episódio 30 do podcast Amigos do Urbano, que tem a participação do Renato, está disponível no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Radio Public e Youtube.
Spotify – https://open.spotify.com/episode/1DvetPX1moETtgQofB657E
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