No início deste século, uma festa retrô agitou a cidade de São Paulo. A “Trash 80’s” fez um sucesso absurdo resgatando uma década supostamente perdida e trazendo de volta alguns ícones cults, como Sidney Magal e Rita Cadillac, passando por Trem da Alegria, Wando e as Paquitas.
Quem foi um dia na “Trash 80’s” não esquece do ambiente da balada, promovida por Tonny e Eneas Neto. Era divertida, debochada, alto astral. Você cantava hits como “Caça e Caçador” (eu sempre tirava 99 no videokê nessa), Sandra Rosa Madalena, Polícia, entre outros.
Para o torcedor do Santos, a década de 80 foi, literalmente, trash. Tirando as campanhas de 83 (vice-brasileiro) e 84 (campeão paulista), foram anos para serem esquecidos. O jejum de títulos, que começou em 84 e terminou em 2002, criou a geração dos “Meninos da Fila”.
Os Meninos da Fila eram os únicos santistas do bairro, da escola, da pelada. Teve ano em que nem o presidente do Santos era santista (já contamos essa história aqui). As alegrias dos torcedores eram as raras vitórias em clássicos e as convocações de algum jogador para a Seleção Brasileira.
Até a década de 70 o Santos tinha a herança da Era Pelé, teve os Meninos da Vila originais. A partir da década de 90 começou a ressurgir com as Testemunhas de Giovanni e cresceu absurdamente com Diego e Robinho e Neymar e Paulo Henrique Ganso.
A década de 80 foi um período, para o santista, que não merecia ser relembrado como a “Trash 80’s”, mas é exatamente isso o que está acontecendo com o Santos de 2021.
Já são cinco anos sem títulos (o maior jejum desde 2002).
Da mesma forma como Marco Antonio Cipó era o “Novo Pelé”, hoje basta uma partida mais ou menos para o torcedor achar o apenas regular Vinícius Zanocelo o “Toni Kross Tupiniquim”.
Qualquer vitória espírita, com gol cagado (como foi contra o Grêmio), nos vende a ilusão de dias melhores.
A década de 80 provocou um impacto econômico absurdo para o Santos. Sem torcedor, sem receita, sem exposição na TV. Foi ali que começou a fama de “time de velhos”.
O risco de a história se repetir é gigante.
Justamente no momento em que a geração Neymar começaria a aparecer nas pesquisas, o Santos não tem um futebol para fidelizá-la.
A “Trash 80’s” durou 16 anos. Começou em 20o2 e terminou em 2018.
Espero que a temporada do “Santos 80’s” seja bem mais curta.
A recuperação do clube Santos FC passa pelo aumento expressivo do número de sócios, mas não vejo ninguém falando sobre isso. Somos um clube grande com quadro de sócios de time de série B. Todos os nossos rivais têm mais sócios, mais receita, mais bilheteria enfim, não vamos competir se a torcida não se conscientizar que precisa ajudar mais e reclamar menos.
Ou o Santos apriveita mais a capital ou vamos sumir
Impressionante a ma vontade sistematica do Diario do Peixe contra o Santos. Acho que todos sabem porque!!!Num momento que o Santos tem uma diretoria seria, que esta trabalhando superbem para tirar o Santos do lamaçal em que foi metido, vem essas materias negativas tentando fazer a cabeça dos mais incautos.Somente hoje foi anunciado parcerias com empresas especialisadas em aumentar numero de socios, garimpar talentos para a base e gestao de escolinhas. Se Deus quiser saira o contrato para construçao da nova arena. Porque comparar com a decada de 80????Alias, na decada de 80 o campeonato brasileiro era disputado em media por 40 equipes e o Santos ficou 6 vezes entre os melhores 10 naquela decada…1 vice campeonato que foi roubado ( tiraram 2 jogadores importantes do jogo final por cartao amarelo imerecidos) e o Arnaldo nao deu um penalty claro no jogo final, 3 vezes em 7 lugar.Lembro do Cipo, mas jamais a comparaçao dele com Pele….absurdo. E lembro bem de Rodolfo Rodrigues, Serginho, Dema, Ze Sergio , Pita, Paulo Izidoro entre tantos outros bons jogadores….Porque colocar um jogador obscuro como Cipo como referencia dos anos 80…..para “vislumbrar” um cenario ruim para o futuro do Santos????