Não foram três dias. Foram 116 dias. Depois do inédito rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro no dia 6 de dezembro de 2023, o Santos renasceu no dia 31 de março de 2024.
A vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras na primeira partida da final do Campeonato Paulista não teve efeito prático (o título ainda está aberto), mas teve um efeito simbólico: o torcedor, mais uma vez, pode se orgulhar de usar a camisa do Santos e dos jogadores que entram em campo com ela.
Foi uma vitória diante de um rival que representou como nenhum outro a nossa derrocada. Nos venceu na final da Copa Libertadores de 2020 e em quase todas as partidas desde então. Enquanto o Santos afundava com uma dezena de técnicos ruins, o Palmeiras empilhava taças com Abel Ferreira.
Foi uma vitória com harmonia entre o time e seu torcedor na Vila Belmiro. Os fogos e a fumaça no estádio eram sinal de festa e sorrisos, não de protesto e lágrimas como na partida de dezembro contra o Fortaleza.
O final dessa história pode repetir 2002, também com Marcelo Teixeira na presidência, quando o Peixe subiu a serra para conquistar um título diante do rival e acabar com o jejum que durava 18 anos. O atual já dura oito anos.
Se a Taça não vier, podemos ao menos comemorar um efeito parecido com o de 1995. Talvez esse time ainda não tenha o encanto de Giovanni e Cia, mas assim como aquele time da década de 90, esse já devolveu um pouco do orgulho e do respeito ao seu torcedor.
Só espero que siga assim por mais tempo.
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