Cafu esteve perto de defender o Santos após saída do Milan (Crédito: Reprodução)

Bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira, o lateral-direito Cafu por muito pouco não defendeu o Santos em 2008. Em entrevista ao programa Resenha ESPN, o capitão do Penta revelou ter assinado um pré-contrato com o Peixe, mas um fator pessoal o fez mudar de ideia. O lateral decidiu então se retirar do futebol.

“Eu tinha um contrato verbal com o Santos quando eu saí do Milan. Os diretores do Santos foram lá no Milan, conversaram comigo, em 2007, porque 2008 era para eu ir embora. Em 2006, eu me preparei para sair em 2008, não tinha quem me fizesse ficar, já estava decidido. Tanto é que quando terminou (o contrato) em 2008, o pessoal do Milan me chamou na sala e perguntou qual era a minha intenção e eu falei: ‘Estou indo para casa. Preciso ficar perto dos meus pais, vou jogar em um time lá onde eu possa ficar perto deles’. Assinei um pré-contrato com o Santos e foi quando eu descobri o problema do meu pai”, contou o ex-jogador.

“Aí eu chamei o diretor do Santos, falei que eu não ia ter cabeça para ficar indo e voltando pra Vila direto. Acho que eu nunca falei isso para ninguém. Chamei o diretor do Santos que falou comigo. Ele, gente finíssima, falou: ‘Olha, fica à vontade. Você vem treinar, se precisar ir embora você vai, se você precisar ficar com o seu pai você fica, se você tiver que sair de algum jogo você sai para ficar com o seu pai’. Eu falei para ele: ‘Olha, não seria justo comigo e não seria justo com o Santos. Imagina, o Santos vai para uma final de campeonato e nesse dia meu pai interna e eu sou obrigado a ir pra São Paulo ver meu pai. Eu não ia ter cabeça para ficar com o meu pai e não ia ter cabeça para ficar com vocês”, complementou.

O pai de Cafu faleceu pouco tempo depois, em junho de 2008, mas o jogador não quis assumir compromisso com nenhum clube. Oficialmente, o agora ex-atleta anunciou a aposentadoria apenas em 2010.

O programa Resenha Espn irá ao ar na sexta-feira (21), à meia noite, com apresentação de André Plihal e participações de Amoroso e Luís Fabiano.

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