Modesto Roma Júnior tem 15 dias para apresentar sua defesa (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)

O Conselho Deliberativo do Santos rejeitou na noite desta segunda-feira as contas do exercício de 2017 do clube, que era presidido na época por Modesto Roma Júnior. A maioria absoluta dos 228 conselheiros presentes aprovou o parecer do Conselho Fiscal que recomendava a reprovação das contas, apresentando 18 itens para justificar essa posição. O principal deles foi o endividamento de 15% da receita orçada, índice acima dos 10% aceitos pelo estatuto do clube.

A votação do parecer deu-se na base do “senta ou levanta”. Os conselheiros que eram contra a reprovação das contas deveriam se levantar de suas cadeiras, e foram muito poucos os que o fizeram: não mais do que 15.

O parecer vai agora para a Comissão de Inquérito e Sindicância, que decidirá se Modesto cometeu irregularidades na presidência do clube – o ex-comandante do Peixe tem 15 dias para apresentar a sua defesa. Caso seja condenado pela comissão, ele pode perder o mandato de conselheiro e até mesmo ser expulso do quadro de sócios do Santos.

Durante a tarde desta segunda-feira, Modesto divulgou um documento de oito páginas em que se defendeu afirmando que o pagamento da dívida com a Doyen (contraída na gestão anterior à sua, de Odílio Rodrigues) foi o responsável pelo endividamento acima do limite previsto e negando antecipação de cotas na Federação Paulista de Futebol. O ex-presidente esteve na reunião do Conselho e teve a chance de se explicar de maneira mais detalhada, mas isso não foi suficiente para livrá-lo da reprovação de suas contas.