A técnica Emily Lima, do time de futebol feminino do Santos, completou um mês de trabalho à frente das Sereias da Vila e se diz muito satisfeita com o que encontrou no clube, tanto do ponto de vista de estrutura quanto do material humano.
“Estamos trabalhando na equipe que é uma referência no futebol feminino brasileiro, é atual campeã brasileira e possui uma das melhores estruturas para se trabalhar”, afirma Emily, em entrevista exclusiva para o DIÁRIO DO PEIXE.
Por conta desse cenário, Emily diz que sua maior preocupação “é trabalhar no nível de exigência do Santos, estar à altura de tudo isso”. Nessas primeiras semanas, o foco da comissão técnica tem sido o de avaliação das atletas e a implementação de uma nova filosofia de jogo.
“Sei que isso exige tempo para dar resultados”, afirma a técnica das Sereias.
No entanto, ela espera estar com o time pronto para iniciar bem o Campeonato Paulista, do qual o Santos é o atual vice-campeão, que terá início no próximo dia 25 de março.
“Queremos começar bem não apenas no Paulista, mas todas as competições deste ano. Nosso objetivo é alcançar as finais e disputar os títulos do Paulista, do Brasileiro e da Copa Libertadores”, diz Emily.
Na primeira fase do Paulista, as Sereias da Vila caíram no grupo 1 e vão encarar alguns dos times favoritos, como Corinthians e São José. Na primeira fase, as equipes se enfrentam em turno e returno dentro dos grupos, avançando as quatro primeiras de cada chave. As oito equipes classificadas serão divididas em dois grupos e jogarão novamente entre si, em turno e returno. As duas primeiras vão para as semifinais.
Emily Lima lamentou não poder contar com as atletas que deixaram o clube no final de 2017, como a artilheira Sole James, que foi para a China, e da zagueira Calan e da lateral Katiuscia, que foram para o Corinthians.
“São jogadoras que eram importantes para o time, mas estamos encontrando as soluções dentro do próprio grupo”, diz a treinadora.
O Santos contratou quatro jogadoras para a temporada de 2018: as atacantes Allana e Chu, a meia Monique Peçanha e a lateral Rosana. Monique e Rosana são as mais experientes, com passagens pela seleção brasileira em Olimpíadas e mundiais.
Emily Lima teve uma passagem rápida pela seleção brasileira. Ela assumiu em novembro de 2016, mas foi demitida em setembro de 2017 pelo coordenador técnico da modalidade, Marco Aurélio Cunha. A saída dela provocou a revolta das jogadoras e atletas importantes anunciaram que não defenderiam mais a Seleção Brasileira em sinal de protesto pela decisão da CBF.
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