O presidente do Santos, José Carlos Peres, considera a dívida do clube impagável. Crédito: Ivan Storti/Santos FC

O presidente do Santos, José Carlos Peres, disse que a dívida do clube “é impagável”, após a reunião do Conselho Deliberativo realizada na noite deste segunda-feira. Sem citar números, ele disse que o “patrão (Santos FC) está quebrado” e que sua administração está fazendo um choque de gestão nas finanças do clube.

“O Santos abriga muita gente que tem emprego no clube, mas nosso patrão está quebrado. O Santos tem uma máquina que é três ou quatro vezes maior que o tamanho dele, temos que enxugar, doa a quem doer”, disse Peres, sobre as demissões realizadas desde que assumiu o comando do Peixe. Segundo ele, as demissões e cortes realizados até agora proporcionaram uma economia de R$ 29 milhões por ano ao clube.

“Estamos fazendo um choque de gestão e isso é a coisa mais dolorosa que se pode fazer. Quando você demite, tem uma família atrás da pessoa, nós entendemos, mas o patrão está morrendo. Se não arrumarmos isso, não vamos ter Santos por muito tempo.” O presidente afirmou também que o Santos tem de ser autossustentável. “Quando assumimos nenhum banco queria emprestar ao Santos, hoje qualquer um empresta.”

Peres atacou a gestão de Modesto Roma Júnior, que seria um dos principais responsáveis pela situação financeira do clube. “Vendemos três grandes jogadores nessa última gestão que poderiam ter trazido títulos para o Santos.”

Ele elogiou as contratações feitas neste ano – Gabigol, Sasha e Dodô, “todos titulares” – e disse que a gestão de Roma Júnior contratou mais de 170 atletas, sendo alguns “sequer estrearam”. O presidente santista citou ainda que o clube estava pagando até recentemente a dívida com o técnico Enderson Moreira, que foi técnico do Santos entre o final de 2014 e maio de 2015.