O ano era 2003. O time de futsal do Santos Sub-9 já estava completo quando o técnico Fabrício Monte recebeu uma ligação.
“Vou levar um menino aí pra treinar amanhã”.
O treinador não teve dúvida. Respondeu que poderia até vir, mas que seu time estava fechado e comentou com colegas: esse menino vai ter que ser muito bom pra ficar. O menino era Gabigol.
“Ele arrebentou, lembro como se fosse hoje. Primeiro lance ele pegou uma bola, carregou e mandou uma pancada pro gol. Segundo lance ele recebeu, girou e soltou outra pancada de perto. Ele chutava muito no gol, mas muito, a bola não saia do gol. Não tinha como. Dispensei outro menino e fiquei com ele”, disse Fabrício Monte, atual auxiliar do técnico Emerson Ballio do Sub-15 do Santos, ao Diário do Peixe.
Aos 8 anos, Gabigol ganhou a vaga no futsal santista e não saiu mais do Peixe até se tornar profissional. Nas quadras, venceu todos os títulos que disputou, com direito a muitos gols e dor de cabeça para os técnicos adversários.
“Uma vez enfrentamos a AABB de São Paulo e o técnico do Círculo Militar que enfrentaríamos no mata-mata seguinte foi ver o jogo e gravou. Ele mapeou o time e montou uma estratégia. Começou o jogo e eles fizeram 1 a 0. A partida terminou 9 a 1 pra gente: 8 gols do Gabriel. Acabou o jogo ele veio falar comigo, contou que tinha mapeado o time todo, mas que aquele menino (Gabigol) não estava no jogo passado. Gabriel estava suspenso (risos). Ele acabou com o jogo e fomos campeões depois em cima do Corinthians”.
Em uma das finais que disputou, o futsal do Santos, comandado por Monte, venceu por 8 a 1 com direito a sete gols de Gabigol.
Hoje com 23 anos, o atacante veste a 10 do time profissional, é um dos líderes do elenco e chegou a usar a faixa de capitão. Emprestado pela Inter de Milão, da Itália, Gabigol fez 39 jogos e balançou as redes 19 vezes em 2018, sendo artilheiro do Campeonato Brasileiro com 10 tentos.
Infelizmente não é só no futebol que muito talento, atitude, liderança e personalidade são dispensados.
Os RH’s da empresas por ai sempre tem uma disculpinha afiada na ponta da língua:
“o quadro está completo, não estamos precisando ou contrando, não temos interesse, deixa seu currículo que a gente entra em contato, e a pior de todas não tem “perfil””.
Existe muita gente desqualificada cuidando de assuntos importantes (grande parte apadrinhados) enquanto isto o país afunda em crise e desemprego.
Assim é o Brasisisisisil.
Ele joga muito,desde que tenha um treinador.e não um fracaço como o jair v.